RUI DE BARROS OUVIDO NO TRIBUNAL REGIONAL DE BISSAU

Notícia atualizada:

Rui Duarte de Barros, figura que geriu o país no período de transição, enquanto chefe do Governo foi ouvido esta quinta-feira na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, sem declarações à imprensa.

A audição ocorreu justamente no âmbito da propalada privatização dos serviços de Administração dos Portos de Bissau pelo governo de Transição, conforme confidenciou quarta-feira a O Democrata uma fonte do ministério público.

O “assunto da privatização” gerou polémica na altura ao ponto de trabalhadores da Administração dos Portos (APGB) encerrarem com contentores as portas da empresa em protesto contra uma alegada intenção de privatização da empresa pública por parte do governo de transição.

A fonte sob anonimato confirma que Rui Duarte de Barros será ouvido enquanto Primeiro-ministro que dirigiu o país na altura.

Para além da audição de Rui Duarte de Barros, estava inicialmente, previsto também a audição de um dos guarda-costas do falecido Presidente Kumba Yalá, tido como principal suspeito no espancamento do antigo Ministro dos Transportes, Orlando Viegas. Todavia, desconhece-se no entanto, se foi ou não ouvido.

Ora, sobre essa audição de um dos guarda-costas do falecido Presidente Kumba Yalá no espancamento do antigo Ministro dos Transportes, Orlando Viegas, o Democrata conta confirmar esta informação junto de fontes judiciais.

Recorde-se que Orlando Mendes Viegas, vice-presidente do PRS, a segunda maior força política do país, e ministro de estado dos Transportes e Telecomunicações do governo de Transição, foi espancado por desconhecidos no passado dia 05 de Novembro de 2013, na noite de terça-feira, à porta da sua própria residência no alto Bandim, nos arredores de Bissau.

O ministro, ferido em consequência do espancamento sofrido, depois de receber os primeiros socorros no Hospital Nacional Simão Mendes foi passar a noite na sede das Nações Unidas, revelaram na altura fontes familiares.

APGB, a maior empresa portuária guineense, tem sido objeto de muitas disputas devido aos rendimentos que gera, entre outros, com as movimentações de navios e cargas.
Da GUIPOR os portos passaram a ser administrados pela APGB, antes de despoletar do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998, tendo o referido acordo de gestão sido anulado nos anos subsequentes.

Por: Filomeno Sambú

 

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