Alguns citadinos de Bissau depositaram esta sexta-feira, 02 de Novembro 2018, coroas de flores nos túmulos dos seus familiares, conhecidos e amigos nos diferentes cemitérios da capital guineense. Este ano a celebração da data pela comunidade católica não teve ambiente de tristeza.

Uma equipa de repórteres do Jornal O Democrata esteve no  cemitério municipal de Bissau [Praça], para reportar a cerimónia que para muitos é de reflexão e de honra aos defuntos. O ambiente registado foi tudo menos da tristeza ou de homenagem aos familiares falecidos.

Em alguns cantos vê-se pessoas a rezar e noutros regista-se um ambiente fora de comum no cemitério. Risos e gargalhadas entre visitantes, chamadas telefónicas um pouco por todo o lado. Os vestuários das meninas pouco adequados com o ambiente de lembrança de entes queridos, também não escaparam o olhar do repórter de O Democrata.

Depois da celebração da Missa no cemitério, Frei Victor Luís Quematcha, contou a imprensa que o dia de defuntos é uma prática muito antiga que data desde segundo século, depois de Cristo. O padre explicou que essa doutrina baseia-se nos livros de Macabeus [primeiro Testamento], onde Judas Macabeus teve um combate e alguns dos seus colegas foram infiéis cometeram idolatrias e morreram. Macabeus, recolhera bens e alguns materiais e ofereceu como sacrifício no templo de Jerusalém pelos pecados dos seus colegas, pedindo a Deus a misericórdia a estes defuntos.

“Este livro de Macabeus não é reconhecido por todos os cristãos, porque alguns acham que é um livro apócrifo, mas a Igreja Católica aceita-o. Nós [Católicos] não rezamos para que Deus perdoe pecado de uma pessoa morta, mas pedimos, sim, a Deus que purifique a pessoa que morreu, porque sabemos que nem todo mundo morre verdadeiramente na graça de Deus”, Precisou Frei Victor Luís Quematcha.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche