ARISTIDES GOMES AFIRMA QUE GREVE DE PROFESSORES VAI DESTRUIR SISTEMA DE ENSINO

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou na tarde de ontem, 20 de novembro 2018, que os professores do país, em greve há quase dois meses, estão a destruir o sistema de ensino com as paralisações sistemáticas.

“O Governo pode fazer e está a fazer a sua parte. O Governo aumentou os salários dos professores e não vejo o que está a falhar da parte do Governo. Se os professores forem trabalhar, as aulas podem começar”, afirmou Aristides Gomes na terça-feira quando questionado pelos jornalistas sobre o que está a falhar nas negociações com os professores guineenses.

O Governo guineense decretou a abertura do ano letivo em outubro, mas devido à greve dos professores as escolas públicas ainda não abriram as portas.

A greve dos docentes visa reclamar o pagamento de salários aos contratados e novos ingressos na profissão, bem como a aplicação do estatuto da carreira docente, aprovado pelo executivo da Guiné-Bissau desde 2011, mas nunca implementado.

“Aumentámos os salários, estamos a algumas semanas das eleições, penso que não é razoável usar esta arma de obstrução sistemática e destruir o sistema de ensino”, disse Aristides Gomes.

“Se fazem greve para destruir o sistema penso que há um desvio profundo que não ajuda nem a valorizar o professor e, muito menos, a valorizar o próprio sistema de ensino”, acrescentou.

Aristides Gomes salientou que a “situação é terrível” e que os “sindicatos fazem greve”, mas quando o Governo desconta nos seus salários voltam a fazer greve porque se está a cumprir a legislação vigente.

“O Estado tem fraquezas económicas e financeiras, mas também a consciência profissional e sobretudo a tradição do Direito tem de se inscrever no comportamento dos profissionais, porque assim nunca lá chegaremos”, salientou.

 

 

In lusa

 

 

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