Sob protecção policial : ALUNOS MARCHAM PARA EXIGIR O INÍCIO DAS AULAS NAS ESCOLAS PÚBLICAS

O Coletivo dos alunos das escolas públicas em colaboração com o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) saiu esta quinta-feira, 22 de novembro de 2018 e pela segunda vez, em marcha pacífica para exigir do executivo liderado por Aristides Gomes o início das aulas nas escolas públicas.

Não obstante a abertura do presente ano letivo pelas autoridades ter sido efetuada em setembro do ano em curso, as escolas públicas não chegaram a abrir as suas portas devido à onda de greves desencadeadas pelas duas organizações sindicais dos professores (SINAPROF e SINDEPROF) que exigem do executivo a implementação (na prática) do Estatuto de Carreira Docente “com efeitos retroativos na sua previsão orçamental”, a conclusão do pagamento dos salários aos professores contratados e novo ingresso do ano letivo de 2017/2018, entre outras reivindicações.

A marcha teve início no “espaço verde” do Bairro d’Ajuda (segunda fase), seguiu a avenida principal (Combatentes da Liberdade da Pátria) até ao Palácio do Governo, onde o Primeiro-ministro, Aristides Gomes reunia o Conselho de Ministros. Fora da vedação, os alunos gritavam as seguintes palavras de ordem: ‘Queremos ir à escola como os filhos dos governantes! A escola é a chave para o desenvolvimento de qualquer país do mundo…’

Os alunos lembraram que já se passaram 2 meses sem que nenhum sinal tenha sido dado quanto ao início efetivo das aulas. Porém, deixaram um aviso ao chefe do executivo: “se as aulas não iniciarem ainda no decorrer desta semana [até amanhã, 23/11/2018], Aristides Gomes arcará com as futuras consequências”.

O porta-voz do Coletivo dos alunos marchantes, Badilé Domingos Sami, disse na sua declaração aos jornalistas que decidiram sair à rua pela segunda vez para salvaguardar e fazer valer um dos seus direitos fundamentais que, de acordo com a sua explanação, estão consagrados na lei magna da Guiné-Bissau: o direito à escola. Um pressuposto que está a ser violado abusiva e gratuitamente pelos governantes guineenses.

 

 

 

 

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: Marcelo Na Ritche

 

 

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