O Primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, admitiu esta sexta-feira, 18 de janeiro de 2019, o aumento de mais taxas de impostos no decorrer deste ano na Guiné-Bissau, mas sem especificar quais os impostos que poderão ser aumentados, para além do imposto geral sobre vendas (IGV) que já foi aumentado.
O Chefe do executivo falava numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Tobias Rasmussen, nas instalações do ministério da Economia e Finanças, em Bissau. A equipa do FMI encontra-se em visita no país de 14 a 18 do mês em curso para apreciar o projeto de orçamento para o ano 2019 e debater a evolução do setor financeiro.
Relativamente ao amento dos impostos nos próximos meses para além do IGV, Aristides Gomes explicou que o executivo vai basear-se nos critérios de convergência da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), tendo assegurado que, no concerne aos impostos, a Guiné-Bissau está muito abaixo da média.
“Não vamos fazer um aumento brusco, vamos evitar aumentos bruscos. Mas progressivamente temos que caminhar no sentido de fazer com que maior número das pessoas pague. A diligência vai ser mais no sentido de alargar do que aprofundar de forma vertical”, afirmou.
O primeiro-ministro disse que o governo está a trabalhar no aumento dos impostos, tendo apelado às populações para se habituarem ao princípio de pagamento de impostos, porque “se não pagarmos vamos continuar com esses níveis de défices orçamentais que não estimulam o desenvolvimento, não haverá crescimento económico e não dará força ao Estado que precisa ser mais forte para poder honrar os seus compromissos”.
Gomes agradeceu ao FMI pela colaboração que tem dado ao país de forma a poder estruturar a gestão da sua economia e suas finanças, a fim de suscitar cada vez mais a criação da riqueza. Sublinhou que a missão marca um ponto muito importante nesta colaboração, porque a Guiné-Bissau está a beira das eleições, que em princípio deverão ajudar na sua estabilização política e por conseguinte também na estabilização do processo de desenvolvimento da economia.
“Esta missão vai marcar ainda uma ligação entre o programa que até aqui está a ser aplicado e um novo programa que deverá ser concebido e implementado depois das eleições com as novas autoridades que advirão do processo das eleições. Esta missão é importante porque o governo e a missão, estamos a lançar as bases para a negociação de um novo programa depois das eleições”, espelhou.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S