O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC, assinou esta sexta-feira, 01 de fevereiro de 2019, um acordo político de compromisso pré e pós-eleitoral com três formações políticas que fazem parte do Fórum de Concertação Política dos Partidos Democráticos, nomeadamente o Partido da Convergência Democrática (PCD), o Partido da Nova Democracia (PND) e a União para Mudança (UM).
O acordo político de compromisso pré e pós-eleitoral prevê o estabelecimento de um acordo de incidência parlamentar para a estabilidade governativa que consistirá no entendimento e consenso na Assembleia Nacional Popular em torno das reformas políticas e institucionais necessárias ao normal funcionamento do estado de direito democrático nomeadamente, a revisão da constituição, da lei-quadro dos partidos políticos, da lei eleitoral e formação de um governo inclusivo em função dos resultados eleitorais das partes signatárias.
Após o ato da assinatura, o Presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse que o seu partido está à vontade com este tipo de exercício porque não distingue formações políticas grandes das pequenas, a porque os partidos consideram-se importantes em consequência das contribuições que têm na construção dos valores a fim permitir que a sociedade progrida. Adiantou que os partidos que rubricaram o acordo têm muito trabalho pela frente, isto é, devem dedicar 200 por cento do seu tempo para não defraudar as expetativas do povo guineense.
O líder da União para Mudança (UM), Agnelo Augusto Regalla, explicou que o acordo vai permitir aos partidos criar uma parceria estratégica com o objetivo único de reconstruir o estado da Guiné-Bissau e implantar a democracia de uma vez para sempre. Acrescentou que ser democrata não é uma questão de vontade, mas também uma questão de cultura de assunção de valores que consubstanciam a própria democracia em si.
Para o Presidente do Partido de Unidade Nacional (PUN), Idriça Djaló, o acordo assinado é um compromisso entre os partidos signatários e o povo da Guiné-Bissau. Aquele dirigente do PUN informou que não se juntaram para brigar contra outras formações políticas, mas sim para resgatar a esperança do povo guineense, em conformidade com o sonhado por Amílcar Cabral.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A