COMISSÃO POLÍTICA DOS RENOVADORES DÁ VOTO DE CONFIANÇA AO PRESIDENTE CONTESTADO

Os membros da comissão política do Partido da Renovação Social (PRS) deram, na segunda-feira, 01 de abril, um voto de confiança ao líder daquela formação política, Alberto Nambeia, contestado por um grupo de dirigentes que o responsabilizam pela derrota nas eleições legislativas de 10 de março.

Reunidos desde sábado na localidade de Uaque, setor de Mansoa (região de Oio), a cerca de 60 quilómetros de Bissau, os membros da comissão política do PRS analisaram os motivos pelos quais o partido desceu de 41 para 21 mandatos em duas eleições legislativas.

Um grupo de dirigentes do partido, liderado pelo antigo presidente Sori Djaló, exigiu a demissão de Alberto Nambeia e de todos os membros da sua direção, considerando-os responsáveis “pela vergonhosa derrota” nas eleições de 10 de março.

O PRS baixou de segundo para terceiro lugar no parlamento guineense, uma situação que os contestatários de Alberto Nambeia consideram como inaceitável. O grupo, que integra, entre outros, o ex-ministro Fernando Correia Landim, ameaça avançar para a Justiça caso a direção do PRS não coloque o lugar à disposição.

Os 145 dos 189 membros que assistiram à reunião da comissão política reforçaram a confiança em Alberto Nambeia, ilibando a direção do partido de responsabilidades pela derrota eleitoral. A diretoria da campanha e a própria direção do partido apresentaram aos conselheiros um relatório que espelha todo o processo eleitoral, destacando as falhas desde o recenseamento até à votação, com a intenção de beneficiar alguns partidos, sublinha o documento.

No final dos trabalhos, os 145 membros presentes da Comissão Política, num universo total de 189, aprovaram por unanimidade uma moção de confiança à direção, liderada por Alberto Nambeia.

Recorde-se que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) venceu as legislativas de 10 de março com 47 dos 102 lugares no parlamento, a ser investido no dia 18 deste mês. O Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15) ficou em segundo lugar, com 27 mandatos, seguindo-se o PRS, com 21.

A Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), obteve cinco lugares, o Partido da Nova Democracia (PND) e a União para Mudança (UM), ficaram um deputado cada.

Salienta-se que a APU-PDGB, a UM e o PND têm um entendimento com o PAIGC a partir do qual vão formar governo, tendo uma base parlamentar de 54 deputados.

O Democrata/lusa 

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