O Partido da Renovação Social (PRS) denunciou esta quinta-feira, 25 de abril de 2019, persistência astúcia, cinismo, chantagem, maquiavelismo na ANP e a tentativa de impor monopólio parlamentar, bem como impedi-lo que, enquanto 3º partido mais votado no parlamento, participe na gestão de assuntos correntes do plenário da Assembleia Nacional Popular (ANP).
A denúncia do PRS vem em comunicado desta formação política e que a redação do Jornal o Democrata teve acesso, no qual o partido critica igualmente o que chama de “atos e comportamentos inflamos pelo PAIGC” que, segundo os renovadores, nesta fase embrionário da X legislatura, são inaceitáveis em democracia, bem como contrários à defesa dos desígnios e aspirações dos guineenses.
Na mesma reação, o PRS manifesta a sua “firme determinação” na defesa do seu direito ao lugar de 1º secretário da Mesa da ANP e saúda a “atitude exemplar, madura e patriótica” do grupo parlamentar do partido em se manter unidos, firmes e posicionados sempre pela tolerância, para a viabilização do funcionamento da ANP, num quadro legal e, em consequência, criar estabilidade e as condições consentâneas para boa governação.
No mesmo documento, os renovadores reafirmam o seu apoio e subscrição aos atos de impugnação que o Grupo Parlamentar do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15) pondera avançar para Supremo Tribunal de Justiça, contra o que o partido qualifica de “ vícios e irregularidades verificados no processo de eleição da Mesa da ANP”.
Contudo, lembra que apesar de grave precedente registado, nestes prenúncios da X legislatura, o Grupo Parlamentar do PRS, imbuído de boa-fé patriótica e do espírito de responsabilidade face aos desígnios do povo, decidiu conscientemente votar na sua totalidade nos candidatos apresentados pelo PAIGC, ato que diz também corroborado, favoravelmente pelo MADEM-G 15, numa clara conjugação de esforços para um diálogo sistemático na busca de grande consensos nacionais como única via para a consolidação da estabilidade na Guiné-Bissau.
Recorde-se que na sessão de ontem (quarta-feira), a plenária na sua maioria composta pelos representantes do PAIGC, APU-PDGB, UM e PND, que constituem 54 deputados, decidiu eleger as deputadas da bancada parlamentar dos libertadores (PAIGC), Dan Yalá Baranção e Gabriela Fernandes, para os cargos da primeira e segunda secretárias, respectivamente. A primeira e segunda secretária da Mesa de Assembleia, foram eleitas com 54 votos a favor, zero contra e zero abstenção, depois de as bancadas do MADEM e PRS abandonarem a sessão.
Por: Filomeno Sambú