A Guiné-Bissau foi declarada país livre de poliomielite, à semelhança de muitos países de África e do mundo, anunciou hoje, 26 de abril de 2019, a representação da Organização Mundial de Saúde [OMS] no país.
Segundo o documento da OMS datado de 25 de abril e entregue esta sexta-feira a O Democrata, a Guiné-Bissau foi atribuído este estatuto de pais livre de Poliomielite na reunião de Dakar de 08 a 12 abril, mediante “uma análise minuciosa” de documentação submetida à Comissão Regional de Certificação de Erradicação da Poliomielite da África (CRCA), órgão de certificação da região africana da Organização
Mundial de Saúde, OMS.
Com a exceção da Nigéria país da sub-região, a África do Sul, Camarões, a Guiné-Equatorial, o Sudão do Sul e a República Centro Africana, 41 dos 47 países da região africana, incluindo a Guiné-Bissau, adquiriram este estatuto, lê-se na nota.
À luz dos compromissos assumidos por todos os países de mundo e depois de reiterada, em 2014, a decisão de Genebra de maio de 1988, sobre a erradicação da Poliomielite no mundo, pela União Africana, “desenvolveram grandes esforços no cumprimento deste compromisso”, afirma a entidade de certificação da região africana OMS- CRCA.
“A Guiné-Bissau, fruto das inúmeras carências de ordem material e financeira bem como das constantes instabilidades politico-institucionais, não conseguiu honrar os seus compromissos, apesar de esforços e empenho de sucessivos governos”, lamenta a organização.
A organização realça, no entanto, que só em 2018, com apoio técnico e financeiro da OMS, um total de 11 consultores (7 internacionais e 4 nacionais), distribuídos pelas regiões do país, em estreita colaboração com autoridades sanitárias, foi possível criar condições para superar a epidemia e alcançar a conquista de país livre da Poliomielite.
Por: Filomeno Sambú