O grupo de partidos políticos que constituem a nova maioria parlamentar (PAIGC, APU – PDGB, UM e PND) na voz de líder dos libertadores (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou este sábado, 25 de maio de 2019, que deixou claro aos responsáveis da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) bem como de outras organizações internacionais que podem apresentar mil vezes o nome do coordenador nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), Braima Camará, para o cargo do primeiro vice-presidente do Parlamento e que mil e uma vezes votarão contra.
A posição das formações políticas que constituem a nova maioria parlamentar foi tornada pública durante um comício popular realizado na Praça Mártires de Pindjiguite (MON DI TIMBA), depois de uma marcha pacífica que mobilizou milhares de militantes, simpatizantes e apoiantes daquelas forças políticas. A marcha contou com a participação de líderes das quatro formações políticas que constituem a nova maioria parlamentar dirigida pelos libertadores, bem como com a presença de Idriça Djaló, presidente de Partido da Unidade Nacional (PUN) e de Vicente Fernandes, presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD) que fazem parte do Fórum de Concertação de Partidos Democráticos.
A marcha teve início no espaço verde do Bairro d’Ajuda e percorreu a avenida principal “Combatentes da Liberdade da Pátria” e a avenida Francisco Mendes até ao clube do Sport Bissau e Benfica, seguiu a avenida Osvaldo Vieira e passou pela rua Vitorino Costa e saiu na avenida Amílcar Cabral, onde seguiu direta à Praça de Mártires de Pindjiguite (MON Di TIMBA). E terminou com comício popular antecedido por uma animação musical do grupo cultural formado por mulheres e homens de diferentes grupos da capital Bissau. Os manifestantes exibiam cartazes e dísticos, onde se podia ler as seguintes palavras: JOMAV – A Constituição é clara em separação de poderes: Novo governo já! JOMAV – Respeite a voz das urnas! Queremos hospitais, escola e emprego. JOMAV, o país está parado!
Dirigindo-se aos marchantes, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, afirmou que se for confirmado ao cargo do Primeiro-ministro, uma das primeiras medidas que vai tomar é congelar o seu subsídio enquanto chefe do governo, de formas a permitir o executivo fazer as reformas necessárias. Desafiou neste particular o Chefe de Estado, José Mário Vaz, que venha ao público afirmar que deixará de roubar o arroz do povo e acima de tudo que vai congelar igualmente o subsídio de 15 milhões de Francos CFA que recebe mensalmente.
“Que venha ao público dizer que vai congelar os dez milhões de francos cfa que recebe do tesouro público cada vez que viaja para exterior. José Mário Vaz deve vir ao público, dizer que vai congelar também os dez milhões que leva a título de representação com o intuito de ir reunir-se com os emigrantes guineenses. O Presidente José Mário Vaz tem um salário maior do que o do Presidente dos Estados Unidos de América”, revelou o político.
Simões Pereira informou aos manifestantes que, durante a reunião que manteve com alguns Chefes de Estados dos países da sub-região (CEDEAO), exigiu-lhes que respeitassem a Guiné-Bissau e o seu povo que é igualmente um dos membros do pleno direito da CEDAO. E deixou-lhes claro que a “imagem que habituaram de uma Guiné de joelhos no chão e com as mãos estendidas a pedir já acabou de uma vez para sempre”.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S/A.A
Plenamente de acordo com as afirmações do Presidente do PAIGC.
PARABÉNS DOMINGOS SIMOES PEREIRA