PRS ACUSA PRIMEIRO-MINISTRO DE NEPOTISMO NA NOMEAÇÕES DOS SEUS CONSELHEIROS

O Grupo Parlamentar do Partido da Renovação Social, PRS, acusou esta terça-feira, 16 de julho de 2019, o Primeiro-ministro, Aristides Gomes de nopotismo na nomeação dos seus conselheiros e assessores, tendo criticado igualmente os atos administrativos das nomeações que considera excessiva a de 22 conselheiros e assessores, como também afetação de 23 agentes de segurança apenas para ele (primeiro-ministro). No entender da bancada parlamentar dos renovadores, são atos de nepotismo, clientelismo, servilismo e corrupção na gestão da coisa pública.

Durante uma conferência de imprensa realizada na sede principal dos renovadores em Bissau, o líder da bancada parlamentar do PRS, Sola N’quilin Nabitchita, disse que os atos praticados pelo chefe do executivo guineense violam sobremaneira os princípios da razoabilidade e da racionalidade, pressupostos basilares de uma boa governação. Disse ainda que também são atitudes que fragilizam a credibilidade do país junto dos parceiros internacionais dos quais depende a cobertura do défice orçamental em mais 50 por cento.

Aquele dirigente do partido de milho e arroz assegurou que o Partido Africano da independência da Guiné e Cabo Verde deve compreender de uma vez para sempre que a Guiné-Bissau não é propriedade privada e que deve ser viabilizada através de boas práticas administrativas. Adiantou que este ato vergonhoso contribuirá para piorar o relacionamento entre governo do PAIGC e parceiros sociais, pondo em causa a estabilidade governativa, a paz social e o desenvolvimento do país.

“Só pode ser ignorância ou uma intenção deliberada e maligna de enganar a opinião pública nacional e internacional declarar que as nomeações não acarretam custos ao tesouro público, isto é, ao orçamento geral de estado já por si deficitário. É importante informarmos que segundo o mesmo despacho, os conselheiros e assessores auferem de direitos e regalias equiparados aos secretários de estado em função, o que equivale a um salário mensal líquido no valor de um milhão e trezentos e vinte mil francos CFA à cada um, quantia superior às pensões e subsídios vitalícios que os recém-nomeados auferem”, lamentou.

O líder do grupo parlamentar do PRS denuncia ainda a gestão administrativa da Assembleia Nacional Popular, onde o seu presidente, Cipriano Cassamá, contrariando o estatuído na lei orgânica da ANP, vem promovendo afetações descabidas e prejudiciais ao erário público, violando o número 1 de artigo 7 da lei orgânica do parlamento que determina a composição do seu gabinete, ao indicar a nomeação de apenas um assessor de imprensa, mas ele possui mais de uma dezena deles.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *