
A Assembleia do Povo Unido – Partido Democratico da Guiné-Bissau, APU-PDGB, anunciu no fim da tarde deste sabádo, 24 de agosto de 2019, que não vai participar nas brigadas de fiscalização dos atos de “correções” de erros e omissões que o executivo liderado pelo Aristides Gomes pretende levar a cabo.
A decisão do partido liderado por Nuno Gomes Nabian, eleito primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular após acordo de incidência parlamentar e estabilidade governativa com o PAIGC, que permitiu ao Partido ocupar cinco pastas governamentais, incluindo a pasta da segunda figura do governo ([ministro da Presidência do Conselho de Ministro, Assuntos Parlamentos e Porta-voz do Governo, Armando Mango), foi tornada pública num comunicado a que a redação do Jornal O Democrata teve acesso.
O comunicado assinado pelo secretário nacional daquela formação política que ocupa a posição da quarta figura no hemeciclo guineense e datado de 24 de agosto informa que o partido leva ao conhecimento de toda a população guineense e da comunidade internacional que, por “uma questão de legalidade, não vai participar nas brigadas de fiscalização dos atos de correções de omissões que o governo pretende levar a cabo”.
“Considerando que é o domínio público que os diversos partidos políticos não têm uma posição unânime sobre a legalidade dos preparativos técnicos, nomeadamente sobre estas correções de erros e omissões de eleitores nos cadernos eleitorais, tendo em conta que, apesar de a APU-PDGB fazer parte do Coletivo dos Partidos Democrataicos, este nunca foi chamado para se pronunciar sobre este assunto das correções”, lê-se no comunicado.
Por: Assana Sambú
Foto: O DEMOCRATA