O Diretor Geral da Saúde Comunitária e Promoção da Medicina Tradicional, Pedro Vaz, disse hoje, 31 de agosto de 2019, que cerca de 80 por cento da população guineense recorre à medicina tradicional, embora a Guiné-Bissau esteja muito atrasada na pesquisa, promoção e revolução da medicina tradicional em relação aos outros países membros da organização da Saúde Africana Ocidental (OAS).
A entrevista concedida aos jornalistas decorreu no evento alusivo ao XVII aniversário do dia Africano da Medicina tradicional sob lema “Natureza é Vida”, organizada pelo Ministério da Saúde Pública em parceria com Cáritas Guiné-Bissau, Associação dos Médicos e Enfermeiros Voluntários. A exposição fica patente durante o evento que decorre nos dias 31 de agosto e 01 de setembrono pavilhão paroquial da nossa Senhora de Fátima inclui também consultas e venda de vários produtos medicinais derivados da natureza vindos de diferentes regiões.
Pedro Vaz assegurou que a maior parte das comunidades guineenses recorre às plantas medicinais devido à importância e naturalidade que esta proporciona no tratamento das suas efemeridades, uma vez que é consideradas complementos da medicina moderna.
Aquele responsável explicou que a organização da saúde da Africana Ocidental (OAS), tem o desafio de melhorar a prestação de saúde em que as pessoas recorrem à utilização de plantas medicinais sem estudos prévios, particularmente a “dosagem”. Esse fator motivou a institucionalização deste dia como dia Africano da medicina natural em que se promovem estudos e as plantas medicinais.
O Coordenador dos Programas da Cáritas Guiné-Bissau, Jean Marsault Ella, disse que a sua instituição tem zelado pela promoção e pesquisa das plantas medicinais tendo em conta que grande parte dos guineenses não tem acesso à medicina moderna por vários fatores particularmente o económico, e recorre a plantas para se tratar. Acrescentou que as farmácias naturais instaladas em diferentes setores registam um grande fluxo de pessoas interessadas nos medicamentos naturais.
Para a representante do Grupo da Medicina Natural da Guiné-Bissau, Irmã Maria Araudino, os populares têm reagido positivamente ao uso dos produtos médicos naturais devido à ligação destes com a natureza e suas plantas naturais.
Contou ainda que desde 2002 o grupo tem desenvolvido vários estudos, graças à ajuda das Cáritas da Guiné-Bissau e da Alemanha para a descoberta das plantas medicinais. Atualmente descobriram um novo medicamento a base de plantas naturais para o tratamento imunitário chamada Oximel preparado com vinagre da maça, mel e pitada de sal e esperam que este corresponda positivamente aos resultados esperados.
Por: Epifania Mendonça
Foto: E.M