Após a lesão: BACAR BALDÉ DIZ SENTIR-SE “ABANDONADO” PELA FEDERAÇÃO DE FUTEBOL E RENUNCIA A SELEÇÃO NACIONAL

O lateral esquerdo da Seleção Nacional de Futebol, Bacar Baldé, que contraiu uma lesão ao serviço dos Djurtus, refutou esta segunda-feira, 02 de setembro de 2019, todas as declarações dos responsáveis de setor desportivo nacional segundo as quais tanto o governo como a Federação de Futebol da Guiné-Bissau estariam a acompanhar  e a cuidar devidamente da sua lesão. 

O jogador lesionou-se ao serviço da seleção nacional de futebol no jogo de preparação dos Djurtus para o CAN-Egito 2019, frente à seleção de Angola em Portugal no passado dia 08 de junho deste ano, que a Guiné-Bissau perdeu por 2-0.

Em conferência de imprensa realizada em Bissau, ontem, Bacar Baldé de 27 anos de idade acusou as duas entidades de o terem abandonado em tratamento médico no Hospital de Santa Maria de Porto, em Portugal, depois de uma grave lesão contraída ao serviço da seleção nacional, quando partiu o seu perónio do pé direito e rompeu o ligamento interno do mesmo pé. 

“Suportei e paguei todo o meu tratamento em Portugal sem a intervenção da Federação nem do governo, apenas contado com a ajuda dos meus amigos e familiares para a compra de medicamentos e alojamento em Portugal. Quando saí do hospital, ninguém mais soube do meu estado de saúde. Não recebi nada das autoridades desportivas nacionais. 

Apenas no dia 28 de agosto, quando eu já estava em Bissau, a Federação de Futebol da Guiné-Bissau passou-me um cheque de cinco mil e duzentos (5.200) euros como reembolso de despesas efetuadas até este momento, desde a minha lesão. Um valor que apenas deu para pagar a operação”, assinalou.

Bacar Baldé, 20 vezes internacional pelos Djurtus, com um golo marcado, encontra-se neste momento no país para continuar a receber tratamento médico do fisioterapeuta da seleção nacional de futebol, Lai Baldé, no Centro de próteses de Quelelé, em Bissau. 

O jogador revelou também que em consequência do comportamento dos responsáveis desportivos, não tem moral neste momento para continuar a vestir a camisola dos Djurtus,  porque, foi tratado de forma uma desumana pelas autoridades desportivas nacionais.

Por: Idje da Costa

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