Auscultação: MADEM-G15 AFIRMA QUE PAÍS ESTÁ A SER CONDUZIDO PARA ABISMO

O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) afirmou esta segunda-feira, 28 de outubro de 2019, que o país está a ser conduzido para uma situação de caos e alerta que a situação política que se vive neste momento no país é “grave” e requer “correções importantes”.

A posição do MADEM-G 15 foi tornada pública por Aristides Ocante da Silva, dirigente do partido, depois da audiência esta tarde com o chefe de Estado, José Mário Vaz, para abordar assuntos sobre incidentes registados na marcha do último sábado, processo eleitoral, apreensão de  droga pela Polícia Judiciária no âmbito da operação “Navarra” e questão da segurança eleitoral e do país.

Nesta audiência, José Mário Vaz reuniu-se apenas com três das seis formações com assentos no Parlamento. O PAIGC, UM e PND,  não responderam ao convite de chefe de Estado.   

No entanto,  MADEM não defende adiamento das eleições presidenciais agendadas para o próximo dia 24 de novembro mas sugere  a introdução de correções importantes no processo  na base da imparcialidade e revela que na sequência desta situação o seu partido  produziu várias propostas necessárias e traduzidas em línguas internacionais.

“Há bem pouco tempo fizemos propostas por escrito e traduzidas em línguas internacionais sobre a criação de uma plataforma ou estrutura em que todos os atores e candidatos presidenciais pudessem participar na supervisão e no seguimento do processo de realização das eleições, mas ninguém quis ouvir isso”, observou.  

Para o político guineense, apreensão de quase duas toneladas de droga revela-se como um marco negro para a tentativa de restabelecimento da imagem interna e externa da Guiné-Bissau. 

“Nestas condições e num ambiente de muita desconfiança  devemos  pautar as nossas ações por regras claras, equitativas para que nas próximas eleições presidenciais ganhe o melhor”, referiu, acusando governo de Aristides Gomes de funcionar todo esse tempo a favor de um partido, violando  todas as regras, a partida, de uma igualdade de tratamento e de oportunidade, “portanto toda e qualquer posição do partido será sempre na perspetiva de prevenção  de conflito pré e pós-eleitoral.  

Critica, no entanto, a atuação da Comissão Nacional de Eleições- CNE, um órgão  que disse não ser competente  para levar ao seu plenário um ponto de ordem do dia que se chama adoção de cadernos eleitorais, por ser ilegal. Outra questão levantada pelo MADEM-G 15 tem a ver com a própria credibilidade da estrutura (CNE),  que acusa de forjar correções e introduzir elementos no ficheiro eleitoral. 

Aristides Ocante da Silva afirma que ultimamente tem-se assistido no país uma espécie de afronta aos princípios constitucionais consagrados na Constituição da República, uma afronta à liberdade  de imprensa com a intimidação  e fecho das centrais de retransmissão de uma rádio privada da capital e afronta à marcha pacífica de organizada pelos partidos e movimento políticos, “que foi gravemente reprimida pelas forças da ordem”. 


Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S

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