Campanha eleitoral: BACIRO DJÁ DEFENDE NOVO COMANDO NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU

O presidente do partido Frente Patriótica para Salvação Nacional (FREPASNA), Baciro Djá, defendeu esta segunda-feira, 04 de novembro de 2019, que é urgente novo comando na Presidência da República guineense, porque a atual liderança de José Mário Vaz não está a corresponder aos anseios do povo.

O antigo primeiro-ministro guineense responsabilizou por isso o povo guineense pelo impasse político vigente no país e que dura há mais de quatro anos, por escolher os atuais dirigentes políticos. Porém, aconselhou que desta vez o povo deve estar atento na escolha de um Presidente da República que  tenha “cultura de Estado e da administração pública”. 

Esta tarde, na abertura da sua campanha às presidenciais numa das unidades hoteleiras de Bissau, Baciro Djá acusou o Presidente José Mário Vaz, candidato independente que concorre a sua própria sucessão, e o candidato Domingos Simões Pereira suportado pelo PAIGC, de pretenderem vender a Guiné-Bissau.

O líder do FREPASNA, partido que o suporta na corrida às presidenciais de 24 de novembro, lamenta o fato de as divergências políticas, “meramente pessoais entre as duas figuras políticas” ter reflexos no aparelho do Estado. Neste sentido, alerta que em caso da vitória de um dos candidatos, neste caso, José Mário Vaz ou Domingos Simões Pereira, “a guerra vai continuar  e a segurança social estará em causa”.

Djá acusa ainda o candidato fo PAIGC e o antigo candidato nas presidenciais de 2014, Paulo Gomes, de pretenderem igualmente vender o fosfato de Farim a um país vizinho num valor de quatro milhões de dólares. Referiu neste particular que a maior parte dos políticos guineenses é comerciante pelo que o seu o interesse está assente apenas na obtenção de lucros e tráfico de influência. E garante que se for eleito mudará o rumo da história política do país.

O também candidato nas presidenciais de 2019 lamentou a forma como os problemas da Guiné-Bissau estão a ser resolvidos “por um conjunto de Estados” e criticou  duramente a intervenção da comunidade internacional na Guiné-Bissau, que diz estar a ser desrespeitada enquanto país independente e soberano e defende que é urgente um novo comando na presidência da República, “porque José Mário Vaz é mandrião” e responsabiliza-o pela existência, neste momento, de dois governos no país.

O candidato do FREPASNA garantiu que se for eleito, uma das suas apostas será trazer máquinas de cultivo de arroz, porque a população guineense vive geralmente da agricultura. De seguida revelou que já estabeleceu negociações com um cidadão americano com mais de 30 clínicas médicas nos Estados Unidos da América para vir resolver o problema da saúde da população guineense.  

Por: Djamila da Silva

Foto: D.S

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