O Relatório de Desenvolvimento Humano 2019 do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) revelou esta segunda-feira, 9 de dezembro de 2019, que apesar das conquistas na redução de privações extremas, disparidades no desenvolvimento humano mantêm-se amplas e que a Guiné-Bissau não tem avançado significativamente no seu desenvolvimento humano.
O relatório, apresentado pelo representante Residente do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PUND) Tjark Egenhoff, revela igualmente que o país ocupa lugar 178 a nível mundial no concernente ao índice de desenvolvimento humano.
O documento divulgado, em Bissau, nas instalações das Nações Unidas tem como tema, “Além do rendimento, além dos médias, além de hoje” .
Tjark Egenhoff informou neste particular que o combate à pobreza extrema na Guiné-Bissau continua a ser um objetivo fundamental, mas o relatório lembra que isso não é suficiente e que ao mesmo tempo é importante estar ciente das consequências de desenvolvimento humano desequilibrado, levando a mais altos índices de desigualdade além de sentimento de ser deixado para trás.
O relatório argumenta que enfrentar as desigualdades no desenvolvimento humano é possível, mas de nenhuma maneira é uma tarefa fácil, porque requer esclarecer quais desigualdades são importantes para o avanço do desenvolvimento humano de cada país e entender melhor padrões e estruturas que os impulsiona.
O mesmo relatório apresentado hoje em todos os países do mundo fala de uma nova geração de desigualdades que está a emergir, com divergência nas capacidades melhoradas, apesar da convergência em capacidades básicas, citando exemplos em como 3 por cento das crianças nascidas em países com um desenvolvimento humano baixo tem acesso ao ensino superior, contra 55 por cento dos países com um desenvolvimento humano elevado, sendo assim compromete o futuro das crianças.
Tjark Egenhoff sublinhou na sua comunicação que após 30 anos do lançamento do relatório e índice de desenvolvimento humano, que classifica todos os países do mundo de acordo com o seu nível de desenvolvimento humano, continua a ser um instrumento valioso para o alcance dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
