PROFESSORES INICIAM HOJE GREVE DE CINCO DIAS QUE SUSPENDE EXAMES EXTRAS NAS ESCOLAS PÚBLICAS

A greve de cinco dias decretada por quatro sindicatos do setor do ensino guineense, nomeadamente Sindicato Nacional de Professores (SINAPROF), Sindicato Democrático de Professores (SINDEPROF), Sindicato dos Professores das Escolas Superiores  (SIESE) e Frente Nacional de Professores (FRENAPROF) suspendeu os exames extras que deviam iniciar esta segunda-feira, 16 de dezembro de 2019, em todo o território nacional, informou Duarte Bunghoma Sanhá, presidente da comissão negocial de quatro sindicatos da classe.

“Neste momento os exames extras nas escolas públicas estão suspensas e temos mantido contato com várias escolas que nos confirmaram que estão a seguir apenas as orientações dos sindicatos”, confirmou.  

A paralisação iniciada esta segunda-feira termina na sexta-feira e os sindicatos já avisaram que se as suas exigências não forem atendidas voltarão a paralisar o setor logo no início de 2020 durante sessenta dias (janeiro e fevereiro).

Esta manhã interpelado pela imprensa, o  sindicalista revelou que os professores exigem do governo, entre outros pontos, cumprimento do memorando assinado desde janeiro deste ano, 2019, do qual nenhum dos pontos constantes foi cumprido pelo executivo.

O instrumento assumido pelo governo de Aristides Gomes devia vigorar no final de março último e em função do outro acordo assinado com as centrais sindicais do país, a carreira docente entraria  em vigor desde final de setembro deste ano. Outra exigência, segundo Duarte Bunghoma Sanhá, tem a ver com última decisão do governo que mandou “subtrair de forma abusiva” o dinheiro dos salários de alguns professores, “não obstante existir um decreto-lei que dá direito aos professores de usufruírem dessa regalia”.

Para o sindicalista, posição dos sindicatos não pode e nem deve ser entendida como radicalização da situação e acusa executivo de falta de interesse em resolver os problemas dos professores.

“Na sua mais recente comunicação, o ministro da educação foi claro que se alguém pensa que a greve vai afetar membros do governo ou Ministério da Educação na pessoa do seu ministro, está enganado e que quem vai sofrer com a paralisação são os próprios alunos e pais e encarregados de educação”, acusou.

No entendimento de Duarte Bunghoma Sanhá, ninguém está interessado em resolver o problema do país e acusa o ministro da educação, Dautarim Monteiro Costa, de se remeter ao silêncio para beneficiar do sacrifício dos outros, ignorando que todas as regalias de que goza é graças aos professores e pais e encarregados da educação das crianças  que o próprio não reconheceu.

Recorde-se que os sindicatos do setor do ensino público anunciaram no início  deste mês que já não têm confiança tanto na pessoa de Aristides Gomes quanto em nenhum dos membros do seu governo. 


Por: Filomeno Sambú

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *