
Carlos Pinto Pereira, porta-voz do coletivo de advogados do Partido Africado da Indepêndencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou no final desta tarde, 12 de janeiro de 2020, que os resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) são “falsos e inválidos”. O advogado fez esta afirmação durante uma conferência de imprensa realizada em Bissau esta tarde, para reagir ao Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça.
Carlos Pinto Pereira acusa a CNE de estar a fabricar atas, que a própria CNE apresentou tanto no apuramento regional como a nível nacional.
“O apuramento regional e nacional apresentado pela CNE não corresponde à verdade”, disse para de seguida denunciar que houve tentativa de manipulação de dados eleitorais por parte da CNE.
Segundo o porta- voz dos advogados do PAIGC, a colcusão do Supremo Tribunal de Justiça indica que não está em condições de fazer nenhuma apreciação face ao pedido ou recurso presentado pelos advogados do PAIGC.
Por isso o partido que apoiou a candidatura de Domingos Simões Pereira defende a recontagem dos votos, não a apresentação das atas.
“As eleições de 29 de dezembro são nulas e denunciamos que estão em causa mais de cem mil votos mal contabilizados”, observou.
De referir que o coletivo de Juízes Conselheiros do Supremo Tribubal de Justiça da Guiné-Bissau (STJ) determinou que seja cumprida a formalidade legal prevista na lei eleitoral antes da publicação dos resultados eleitorais, ou seja o STJ exigiu a entrega da Ata da plenária da Comissão Nacional de Eleições que aprovou os resultados das eleições de 29 de dezembro apurados.
Por: Filomeno Sambú
Foto: F.S