Os mandatários judiciais da candidatura de Domingos Simões Pereira decidiram juntar num único processo todas as petições em que pedem esclarecimento sobre as suspeitas de fraude nas eleições presidenciais guineenses, de 29 de dezembro, disse esta terça-feira, 21 de janeiro, uma fonte judicial a lusa.
De acordo com um dos advogados da equipa de mandatários de Domingos Simões Pereira, decidiu-se pela desistência do “processo ‘ad hoc’ em que se pedia ao tribunal que declare a nulidade da ata” que a Comissão Nacional de Eleições elaborou com os resultados eleitorais, para juntar aquela petição a outros pedidos ao tribunal.
“Concluímos que não era estratégico termos no tribunal várias petições, para não criar confusão ao tribunal, por isso decidimos anular aquele processo e juntá-lo num só com várias petições”, disse à Lusa a fonte da equipa de advogados de Domingos Simões Pereira.
O esclarecimento vem na sequência de um documento em circulação nas redes sociais em que se pode ler que o chefe da equipa de advogados de Simões Pereira, o antigo Procurador-Geral guineense, Luís Manuel Cabral, “comunica ao Supremo Tribunal de Justiça a desistência do recurso interposto no dia 15 de janeiro”.
“Não é uma desistência do processo em si, mas sim é uma questão de estratégia objetiva”, declarou a fonte da equipa de advogados de Domingos Simões Pereira, frisando que no mesmo processo, que deu entrada no dia 17, foi solicitado ao tribunal, “além da anulação da ata da CNE, outros pedidos”.
A mesma fonte indicou também que acha “estranho” que uma “peça judicial daquelas venha parar ao público”.
In lusa