O ministro do Interior, Juliano Fernandes, afirmou que o adjunto chefe do Serviço da Informação e Segurança (SIS), Coronel Uié Camará, não está detido e que “apenas está numa situação que requer que contribua para um melhor eslarecimento”.
O governante falava aos jornalistas esta segunda-feira, 03 de fevereiro de 2020, a saída de uma reunião do Conselho Nacional de Segurança convocada pelo Primeiro-ministro, Aristides Gomes, com o propósito de analisar a situação atual da segurança, na qual se discutiu também a necessidade da criação de um regimento para o funcionamento do órgão.
O titular da pasta do Interior, explicou aos jornalistas que a reunião serviu também para uma troca de impressões sobre a situação da segurança nacional e que todos convergiram no sentido de que é preciso reforçar a articulação entre todas as instituições representadas naquele órgão.
Solicitado a pronunciar-se sobre a suposta detenção do oficial do SIS que teria recebido da parte do Secretário de Estado da Segurança e Ordem Pública, uma “Carta Codificada” com nomes de oficiais militares supostamente ligados a candidatura de Úmaro Sissoco Embaló, disse que a reunião não “tinha sido convocada para abordar aquele assunto”.
“Mas também posso dizer que é um caso, cujos contornos não serão preocupantes”, assegurou.
Questionado pelo Jornal O Democrata se o Coronel Uié Camará está ou não detido, respondeu que houve uma situação criada e que requer uma análise por parte de várias instituições.
“Estamos a falar da necessidade que surgiu de esclarecer determinadas circunstâncias”, notou, para de seguida afirmar que o oficial do SIS em causa não está detido e que “apenas está numa situação em que se requer que contribua para um melhor eslarecimento”.
Indagado sobre a existência da tal “Carta Codificada” com nomes de oficiais militares, negou a existência dessa “Carta ou lista codificada” com nomes de oficiais militares supostamente ligados a candidatura de Úmaro Sissoco Embaló.
Garantiu aos guineenses que o país está seguro e que a Guiné-Bissau é um dos poucos países em que se pode viver com alguma segurança, contudo diz que “isso não deve inibir-nos, enquanto responsáveis, de continuarmos a pensar a nossa segurança”.
Salienta-se que fazem parte do Conselho Nacional de Segurança, o Primeiro-ministro, Aristides Gomes, o ministro da Defesa Nacional, o ministro do Interior, a ministra da Administação Territorial, a ministra da Justiça e o ministro da Economia e Finanças.
Estiveram presentes na reunião, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N’Tam, o diretor-geral do Serviço de Informação e Segurança, a diretora-geral da Polícia Judiciária, o Comandante da Guarda Nacional e o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública.
Por: Assana Sambú
Foto: A.S