
O ministro das Finanças do governo de Nuno Gomes Nabiam, João Aladje Mamadu Fadia, revelou esta terça-feira, 10 de Março de 2020, que o seu governo herdou dívidas contraídas aos bancos no valor de 14.4 biliões de franco CFA. Para além desse valor, o governante informou que já liquidou 7.8 biliões de francos CFA relativamente às despesas para o pagamento do salário do mês de fevereiro aos funcionários públicos, em atraso.
Aladje Mamadu Fadia Falava depois da visita do primeiro-ministro Nuno Gomes Nabian ao ministério das Finanças para compreender a radiografia do país em termos económicos e financeiros. Fadia disse ter recebido garantias de Nuno Gomes Nabiam em trabalhar e apoiar incondicionalmente as finanças públicas no que tem haver com a entrada de receitas no cofre do Estado.
O titular da pasta das Finanças sublinhou que a situação atual do ministério “é bastante preocupante”, tendo em conta as dívidas a pagar a curto prazo aos bancos comerciais de Bissau estimadas em 14.4 bilhões de francos CFA. Segundo o ministro das Finanças, as dívidas estão divididas em dois grupos: um primeiro, as dívidas a descoberto em conta corrente do acordo assinado entre o Ministério das Finanças e os cinco bancos comerciais da capital Bissau que se estende a 6.8 biliões de franco cfa e o outro grupo tem a ver com a dívida de curto prazo, nomeadamente: a compensação financeira de pesca no valor de 7.6 biliões.
Em reação a essas dívidas, João Aladje Mamadu Fadia fez uma comparação negativa das finanças do governo do qual fazia parte em 2018 e o do Aristides Gomes e lembrou que quando deixou o ministério das finanças em abril de 2018, o total de todas as responsabilidades de dívidas em líquido da situação das finanças públicas era de 80.7 biliões negativos.
“As dívidas que o ministério das finanças tem neste momento a pagar estendem-se para 140.3 biliões entre dívidas a curto e médio prazo”, referiu.
Aladje Mamadu Fadia notou por isso que é necessário fazer grande esforço para resgatar o país, através da recolha das receitas para que o país possa viver das suas próprias receitas internas.
Por: Carolina Djemé
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