O Governo guineense, através do ministério da Administração Territorial e Poder Local, ordenou ontem (domingo), 15 de março de 2020, a suspensão de todas as atividades culturais que agrupam dezenas de pessoas e o encerramento gradual das barracas instaladas no período de carnaval para a venda de bebidas e comidas, como uma das medidas para a prevenção da pandemia do coronavírus, que ceifa milhares de vidas um pouco por todo o mundo, e porque também já se registam casos no Senegal e na Guiné-Conacri, dois países com uma vasta linha fronteiriça com a Guiné-Bissau.
A decisão do executivo, tomada numa reunião do Conselho de Ministros, foi tornada pública pelo titular da pasta de Administração Territorial e Poder Local durante uma reunião mantida com as mulheres vendedeiras nas barracas, no espaço verde do bairro de ajuda, em Bissau. Uma reunião que visou transmitir a decisão do executivo às vendedeiras das barracas e falar do perigo que a pandemia representa para um país com um sistema de saúde frágil como a Guiné-Bissau, contou com a presença do presidente interino da Câmara Municipal de Bissau e presidente da associação de retalhistas dos mercados da Guiné-Bissau, que vão acompanhar o encerramento gradual das barracas até terça-feira, 17 de março.
Na sua declaração aos jornalistas no fim da reunião com as mulheres, o governante explicou que o executivo está muito preocupado com a pandemia de Convid-19 registado no mundo e que já se regista em África e, por isso, decidiu a suspensão imediata de todas as atividades culturais que aglomeram dezenas de pessoas, nomeadamente: cerimónias tradicionais para defuntos (toca-tchur), cerimónias religiosas (gamó), concertos músicas e feiras populares (lumo).
“Foi neste quadro que viemos reunir com as nossas mães que vendem nas barracas para ajudar no sustento da família, mas devido à gravidade da doença, vimos pedi-las para suspenderem as suas atividades para prevenir o perigo de contaminação com esta pandemia”, assegurou, para de seguidasublinhar que a medida é extensiva a nível nacional, razão pela qual os governadores das regiões e administradores de setores devem acionar medidas para suspender todas as atividades das feiras populares e das cerimónias tradicionais em homenagem aos defuntos bem como cerimónias de fanado.
Questionado sobre a possibilidade de o executivo avançar com medidas mais extremas a nível das fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri que já registam casos de coronavírus, Fernando Dias da Costa explicou que quaisquer medidas sobre o fecho das fronteiras com os países vizinhos que já registam casos de covid-19 serão analisadas pelo governo em concertação com o Chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló.
“Brevemente serão informados sobre as eventuais medidas que serão adoptadas pelo executivo sobre o fecho ou não das fronteiras”, disse o governante.
Por: Assana Sambú
É muito bom prevenir artes de remediar,ao meu ver peço também que as escolas,jardins infantis,as universidades,mercados devem ser suspenso temporariamente de acordo com evolução de pandemia.