As autoridades sanitárias anunciaram este sábado, 04 de abril de 2020, mais três (3) casos de infeção do novo coronavírus (covid-19) na Guiné-Bissau, totalizando 18 casos confirmados. O anúncio de novos casos testados positivos foi feito pelo porta-voz da Comissão Interministerial do combate a Covid-19, Tumane Baldé, durante a conferência de imprensa de apresentação do diário epidemiológico.
Baldé disse na sua comunicação que apesar de aumento de três casos, o número de suspeitos mantêm-se em 37. Explicou que as autoridades sanitárias enviaram 14 amostras do sangue para o laboratório nacional para efeitos de análises, das quais, três (03) testaram positivo e 11 deram negativo.
“A situação clínica dessas pessoas é estável, são casos leves e outros são sem sintomas. A maioria dos infetados não apresenta febres ou tosse. Vamos continuar acompanhar a evolução do quadro clínico e se houver sintomas da doença, receberão tratamento” assegurou o médico especialista em saúde pública, para de seguida, admitir que os casos suspeitos de infeção do Covid-19 podem aumentar hoje.
Questionado sobre o funcionamento do centro de tratamento dos doentes do coronavírus, informou que o centro já está pronto para receber os pacientes e que falta apenas o aprovisionamento em oxigénio, bem como dos “stocks” de medicamentos e alimentação para doentes e técnicos de saúde.
Sobre as condições técnicas em particular os equipamentos, por exemplo, ventiladores para pacientes com covid-19, o presidente do Instituto Nacional de Saúde (INASA), Dionísio Cumbá, presente no ato, esclareceu que os doentes do Covid-19 se ainda não tiverem as dificuldades respiratórias não precisam de ventiladores.
“Estamos a pedir o isolamento das pessoas testadas positivas, porque alguns não estão a respeitar as recomendações para não transmitirem o vírus a outras pessoas. Por isso, pedimos o isolamento destas pessoas”, espelhou o médico pediátrico que preside o INASA.
Os primeiros casos da infeção do Covid-19 foram confirmados pelo executivo guineense a 25 do mês de março, através do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam. Os primeiros infetados são dois cidadãos estrangeiros, nomeadamente: um empresário indiano e um funcionário das Nações Unida da República Democrática do Congo.
Por: Assana Sambú/Epifânea Mendonça
Foto: Marcelo Na Ritche