Sem data indicativa: GOVERNO GARANTE QUE CAMPANHA DE COMERCIALIZAÇẤO DA CASTANHA DE CAJU NÃO FALHARÁ

O ministro de Comércio e Artesanato, António Artur Sanhá, assegurou esta quarta-feira, 22 de abril de 2020, que a campanha de comercialização da castanha de cajú não falhará e aconselhou os produtores a conservarem o produto até ao fim da crise causada pela pandemia de novo Coronavírus (Covid-19).

O ministro falava à imprensa para anunciar aos produtores, aos empresários e a demais intervenientes na fileira de cajú que, na sequência das medidas constitucionais restritivas das liberdades de circulação, de ajuntamento, liberdade laboral e de laser, devem abster-se de movimentações “temporariamente durante um período sensível do estudo da situação”.

Na sequência desse anúncio, o Ministério de Comércio e Artesanato pediu aos produtores e a todos que intervêm no setor para compreenderem que a medida de não abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju e a não fixação de preço indicativo para comercializar o produto, até neste momento, , ” não é por mero capricho, mas sim tem a ver com a salvação das vidas humanas da morte por Covid-19″.

Artur Sanhá não se pronunciou de forma específica e clara sobre as medidas que o executivo tomará para subvencionar os intermediários na compra da castanha, mas garantiu que o governo está a ponderar envolver todos os atores do setor e procurar mecanismos para que todos possam contribuir para salvar a presente campanha.

 O governo ainda não anunciou a data oficial para a comercialização da castanha de caju, nem fixou o preço indicativo, mas relatos que chegam do terreno a que o Jornal O Democrata teve acesso indicam que o produto de maior exportação da Guiné-Bissau já está a ser comprado em todas regiões do país a um preço de duzentos e cinquenta (250) francos CFA por quilograma.

Questionado sobre o assunto, Artur Sanhá referiu que é normal que haja especulações no início do processo, mas afastou qualquer hipótese de que essa matéria esteja ligada à fraqueza do governo em controlar a situação.

“Não se trata de falta de controlo. O governo é uma estrutura que tem as suas artérias de seguimento de operação de comercialização da castanha de cajú e o território nacional além de ser acidental tem florestas… O que torna difícil os nossos fiscais controlarem tudo a rigor”, frisou.

Revelou que o ministério de Comércio e Artesanato já fez algumas apreensões e que as operações envolveram os ministérios do Comércio e Artesanato, do Interior, Transportes e o da Agricultura e Biodiversidade, pediram calma e colaboração de todos os cidadãos nacionais e estrangeiros que atuam no setor. Reconheceu, contudo, que este contexto de pandemia “é muito prejudicial para as economias e o tesouro Público”.

Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S

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