
A Plataforma Nacional das Associações Académicas do Ensino Médio e Superior na Guiné-Bissau (PNAAEMS-GB) destacou a necessidade do uso da internet para o retorno às aulas universitárias como forma minimizar os prejuízos decorrentes das medidas de restrição de contactos físicos, no quadro do combate ao novo novo Coronavírus (Covid-19).
A proposta da organização foi tornada
pública esta quarta-feira, 22 de abril de 2020, pelo seu presidente, Ericson
Ocante Ié, que exortou o governo a refletir e encontrar soluções adequadas ao
setor da educação no contexto da covid-19.
Sobre o assunto, o PNAAEMS-GB propunha que os estudantes do Ensino Superior e
de Cursos Técnicos e Profissionais criassem um grupo nas redes sociais
para interação entre os professores e os estudantes sobre as matérias
curriculares.
De acordo com a sondagem da organização estudantil, 80% de estudantes
universitários tem acesso à internet, o que facilitaria a concretização da
proposta, os restantes 20% podem pedir emprestado a familiares e amigos.
Nas oito páginas do caderno de propostas, foi sugerido aos professores a
elaboração de sumários a transmitir aos grupos de interação e às reitorias.
Quanto aos exames, a Plataforma admitiu que poderão ser em regime presencial
, respeitando as medidas de distanciamento social. Neste particular sugere a
requisição dos autocarros que neste momento não estão a funcionar, para o
transporte dos estudantes para os locais dos exames.
No concernante ao Ensino Básico, a Plataforma propõe que a diretoria de cada escola crie um cadastro de residência dos alunos e um banco de dados para eventuais escolas móveis. Realçou também que, para cada zona que concentrar maior número de alunos, deve-se disponibilizar aulas num espaço, respeitando as medidas preventivas estabelecidas pelas autoridades sanitárias e governamentais.
Ericson Ocante Ié disse que pode haver a possibilidade do retorno às aulas nas escolas com número menor de alunos, se a situação de pandemia prevalecer, sobretudo nas regiões que ainda não foram infetadas.
Ocante Ié apelou por isso ao Ministério da Educação a pronunciar-se no final desta fase sobre a modalidade de pagamento de propinas para que depois não haja injustiças.
Ié lembrou às autoridades que é necessário desencadear medidas de acompanhamento de guineenses, sobretudo estudantes que se encontram no estrangeiro, para ter a informação se algum deles está infetado ou não com a Covid-19.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S