Campanha de caju: GOVERNO DISPONIBILIZA QUINZE BILIÕES DE FRANCO CFA AOS BANCOS COMERCIAIS DA GUINÉ-BISSAU

O governo da Guiné-Bissau, através do tesouro público, disponibilizou quinze mil milhões de francos CFA aos cinco bancos comerciais que operam no país para o reforço da economia nacional e minimizar ʺo impacto negativoʺ da Covid-19 na campanha de comercialização da castanha de caju, principal atividade económica  da Guiné-Bissau.  Cada Banco comercial deverá beneficiar de três mil milhões de francos CFA.

A convenção de financiamento foi assinada esta sexta-feira, 08 de maio de 2020, pelo ministro das Finanças, João Aladje Mamadu Fadia, e por todos os diretores de bancos comerciais a operarem no país, na presença da diretora Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), Helena Nosoline Embaló, e do representante do Banco Mundial (BM) na Guiné-Bissau.

Na sua intervenção, o porta-voz do governo, Serifo Mamadu Jaquité, sublinhou que a inciativa do executivo demostra o quanto está preocupado com  a causa social.  Por isso diz  esperar que os bancos comerciais, a classe empresarial, a Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura e Serviços (CICIAS), Associação Nacional de Agricultores(ANAC) e os intermediários possam utilizar essa disponibilidade financeira para minimizar as dificuldades das populações, sobretudo de agricultores.

ʺA grande parte da nossa comunidade rural tem a sua fonte de rendimento, única e exclusivamente, baseada na comercialização desse produto, portanto é essa a nossa responsabilidadeʺ, frisou.   

Por sua vez, na sua declaração os jornalistas, Rómulo Pires, representante dos bancos comercias,  disse que o ato  revela a sensibilidade que o  governo tem para com a banca, sobretudo no concernente à liquidez para reforçar a intervenção dos bancos  no financiamento da campanha de comercialização da castanha de caju, devido à pandemia que assola o mundo.

ʺCom esses fundos, iremos financiar a campanha de comercialização da castanha de caju, devendo os nossos clientes respeitar  as exigências e os critérios de admissibilidade para o financiamentoʺ, advertiu.

Jornal O Democrata apurou junto de uma fonte governamental que o o valor disponibilizado pelo governo em forma de crédito aos bancos para dar impulso, nesta fase inicial da campanha, será reembolsado no prazo de 9 meses a uma taxa de 2%.

De lembrar que o governo fixou recentemente o preço de base de compra e venda de castanha de cajú junto do produtor a 375 FCFA o quilo e a base tributária a setecentos (700) dólares por tonelada da castanha de cajú a exportar.

A castanha de cajú é o principal produto comercial que representa cerca de 90% das receitas de exportação da Guiné-Bissau, na qual cerca 80% e absorvida pela Índia.


Por: Filomeno Sambú

Foto: F.S  

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