O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, revelou esta sexta-feira, 22 de maio de 2020, que o eixo central do programa de governação que será “debatido em breve” no Parlamento, assenta numa estratégia que consiste em estancar a pandemia, neutralizá-la e desenvolver a economia. Na sua comunicação na abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de cajú realizadano Palácio do Governo, disse que, seos guineenses a encararem o coronavírus com seriedade, será possível eliminá-lo em todo o território nacional.
O chefe do executivo explicou que decidiu-se abrir a economia através da campanha de comercialização da castanha, depois do fim de Estado de Emergência no próximo dia 26 do mês em curso, mas advertiu que as medidas de prevenção serão apertadas e que as mesmas serão monitoradas pelo Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES).
Nabian reconheceu que a campanha de comercialização da castanha de cajú deste ano será diferente das campanhas anteriores devido à pandemia da Covid-19 que assola o mundo, atingindo também a Guiné-Bissau, por isso lembrou às pessoas que participam direta ou indiretamente na campanha que sãoobrigadas a protegerem-se, pelo uso demáscaras e serão obrigadas a habituarem-se à prática de lavar as mãos, de formas acabar com transmissão do vírus ou da própria doença.
O titular da pasta do Comércio e Indústria, António Artur Sanhá, avisou na sua intervenção que o governo através do ministério, será intolerante face aos comerciantes que levam para o terreno arroz impróprio para o consumo, como também aqueles que tentam adulterar o preço base fixado pelo governo.
Explicou que para atribuição de licença da comercialização da castanha (Alvará) serão privilegiados os comerciantes que reúnam condições necessárias para a prevenção da pandemia do Covid-19, sobretudo os materiais da proteção como as máscaras, desinfetantes, luvas, pratos para refeições individuais.
O presidente de Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, Jaime Boles Gomes, elogiou a iniciativa do executivo de reunir todos os atores e instituições que trabalham na fileira de cajú, na cerimónia da abertura da campanha. Acrescentou que os agricultores estão tristes por causa da pandemia do Covid-19, no entanto, pediu ao governo que dê atenção especial aos agricultores como forma de evitar a fome no país.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A