O líder da União para a Mudança (UM), Agnelo Augusto Regalla, afirmou esta segunda-feira, 01 de junho de 2020, que a UM, enquanto partido responsável e legalista, entende que em democracia o respeito pela legalidade é que deve prevalecer.
O político fez estas advertências na sua declaração aos jornalistas à saída de uma audiência com o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Cipriano Cassamá, que convocou os partidos com assento parlamentar no âmbito dos esforços para encontrar uma solução política para a crise, a nível de seis partidos com deputados no hemiciclo guineense.
A iniciativa do líder da ANP insere-se no âmbito da recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que instou as autoridades e as forças políticas nacionais no sentido de encontrarem uma solução que permita a formação de um governo na base da Constituição da República e respeitando os resultados das eleições legislativas de 10 de março de 2019, ganhas pelos libertadores (PAIGC).
Agnelo Regalla assegurou na sua comunicação que,enquanto os políticos continuarem no “zig-zag” sem, no entanto, “ver uma linha firme daquilo que é a lei, a Guiné-Bissau não sairá da situação em que se encontra”.
Explicou que, para sair da atual situação política em que se encontra o país é preciso que o Supremo Tribunal de Justiça, enquanto orgão judicial do país, se pronuncie sobre o diferendo que existe relativo aocontencioso eleitoral.
“O Presidente da ANP está numa missão de bonsofícios no sentido de procurar uma solução. Não é o dito Presidente autoproclamado quem deve dar orientações ou missão ao líder da ANP! A nossa proposta para a saída da atual situação política do país de maneira clara e que trará a solução para o país, deverá entrar ainda na quarta-feira desta semana no gabinete de Presidente do Parlamento”, garantiu.
Entretanto, o vice-presidente do Partido da Nova Democracia (PND), Abas Djaló, disse que o seu partido mais uma vez, reafirmou o seu engajamento na busca de solução para a governabilidade que, em sua opinião, passa necessariamente pelo entendimento dos partidos políticos e baseado sempre na lei.
Sublinhou que o PND continua a privilegiar o diálogo com os seus parceiros com o intuito de encontrar um denominador comum para a situação vigente.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A