A segunda-vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Maria Odete Costa Semedo, revelou esta segunda-feira, 01 de junho de 2020, que o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, tem a sua disposição várias opções e é preciso que não se deixe cair no erro de paralaxe.
Maria Odete Costa Semedo falava aos jornalistas à saída do encontro de auscultação com o presidente da ANP para encontrar uma solução política que leve à formação do novo governo.
A iniciativa do presidente da ANP insere-se no âmbito da recomendação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que instou às autoridades e as forças políticas nacionais no sentido de encontrarem uma solução que permita a formação de um governo na base da Constituição da República e respeitando os resultados das eleições legislativas de 10 de março de 2019, ganhas pelos libertadores (PAIGC).
Na sua declaração, Odete Semedo lembrou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) propôs às autoridades nacionais uma saída política e o PAIGC abraçou essa proposta, deixando cair assim, vários aspetos e prerrogativas para ver se se criam as condições para que o país possa ter um governo de base alargada e possa caminhar para o desenvolvimento.
“Na sua frente tem um lápis, copo e água, agora vai depender da capacidade dele observar o que tem a frente e tomar uma decisão, de contrário vai respaldar sobre a sua responsabilidade. Nessa hora é a própria maioria confortável que o PAIGC tem que poderá estar a ser posta em causa. Nesse encontro, chamamos atenção ao presidente da Assembleia Nacional Popular sobre o desafio que tem pela frente, sendo um assunto que cabia à CEDEAO resolver, mas que acabou por passar para as suas mãos”, assinalou.
A dirigente dos libertadores informou que durante o encontro, abordaram a questão do rapto e espancamento do deputado da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Marciano Indi, tendo-o solicitado a posiciona-se sobre o assunto para dissuadir qualquer tipo de violência futura sobre os cidadãos, desde o mais simples aos deputados da nação que gozam de imunidade parlamentar.
Odete Semedo assegurou que a delegação do PAIGC recebeu os devidos esclarecimentos da parte de Cipriano Cassamá, que pondera dar uma resposta a essa situação, porque “ficou claro que hoje pode ser com Marciano Indi e amanhã ser outra pessoa”
A Segunda-vice-presidente do PAIGC frisou que a Guiné-Bissau, enquanto país democrático e de direito, precisa zelar pela justiça.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A