SISSOCO DENUNCIA QUE HÁ JUIZES CONSELHEIROS “BANDIDOS” NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, denunciou que há certos juízes conselheiros “bandidos” no Supremo Tribunal de Justiça, tendo ameaçado a dissolução daquele órgão judicial que funciona como o Tribunal constitucional na Guiné-Bissau.

O Chefe de Estado fez estas denúncias  na terça-feira, 02 de junho de 2020, durante uma  declaração aos jornalistas no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, depois do seu regresso de Paris (França), onde se encontrava em visita privada para consulta médica.

Embaló revelou que existe enorme corrupção na corte Suprema e  garante ter uma solução para os supostos juízes conselheiros que considera corruptos.

“Dois ou três juízes não podem ser bandidos para contaminar todo o aparelho da Justiça. Um juiz não deve ser bandido! Quando um juiz é bandido ou uma juíza é bandida, é grave para o setor da Justiça. Mas eu tenho um destino para os juízes bandidos. O Presidente Koumba tinha destituído o Supremo, vou fazer o mesmo, mas de forma diferente”, advertiu.

Embaló enfatizou que há juízes no Supremo com noção de responsabilidade. Lembrou que o STJ não é o lugar para fazer política, e que o juíz que queira fazer política pode integrar no PAIGC, MADEM ou PRS.

Sobre a mediação levada a cabo pelo líder do parlamento para encontrar soluções políticas visando a formação de um governo de base alargada, Embaló reafirmou que mantêm ainda na mesa a possibilidade da dissolução da Assembleia Nacional Popular, se os partidos com assento no Parlamento não conseguirem chegar a consenso.

“A Guiné-Bissau não ficará mais refém de ninguém. Este país mudou desde 29 de dezembro de 2019, porque não podemos ficar como um país de palhaços. Se alguém quiser falar, que fale mas sem ofensas. O país tem apenas um chefe escolhido pelo povo”, contou.

O chefe de Estado lembrou que o país tem muitos desafios pela frente, por isso a indisciplina e a corrupção têm a tolerância zero.

Solicitado a pronunciar-se sobre a situação do antigo primeiro-ministro, Aristides Gomes, Úmaro SissocoEmbaló, assegurou que desconhece do paradeiro do cidadão Aristides Gomes.

“Sei que está nas instalações das Nações Unidas. No dia que sentir cansado ali e quiser voltar para sua casa, pode regressar sem problemas. Se ele tem problemas com a justiça, que os resolva. Eu pessoalmente não tenho nada contra ele”, referiu.


Por: Assana Sambú
Foto: A.S

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