
O presidente do Instituto Nacional de Saúde (INASA), Dionísio Cumba, confirmou hoje, 12 de junho de 2020, a primeira morte, por Covid-19, registada no país por falta de oxigénio. Segundo as autoridades sanitárias, trata-se de uma jovem de 22 anos que se encontrava internada no hospital de Comura, arredores de Bissau. O número de infetados pela doença provocada pelo novo Coronavírus subiu para 1460 na Guiné-Bissau.
Dionísio Cumba informou, durante a apresentação do boletim bissemanal, que de 08 a 11 deste mês foram analisadas 107 novas amostras no laboratório da Universidade Jean Piaget, das quais 71 resultaram positivo, sendo 59 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, 34 amostras deram negativo e 02 inconclusivas. Quanto a óbitos, o país registou, nas últimas 96 horas, três novos óbitos, elevando para 15 e mantêm-se os 153 casos recuperados.
O cirurgião guineense revelou que o setor de Bissorã, região de Oio, registou o primeiro caso positivo e a pessoa infetada está hospitalizada no Hospital Nacional Simão Mendes, enquanto as autoridades sanitárias investigam a cadeia de transmissão para travar a contaminação, tendo em conta que a vítima trabalha com comunidades locais.
O Setor Autónomo de Bissau (SAB) lidera a lista de zonas mais afetadas com 1074 casos e 147 considerados recuperados. A região de Biombo segue na segunda posição com 52 casos, mas sem nenhum caso recuperado.
Na região de Cacheu o número subiu de 22 para 24 casos e seis recuperados. A região de Bafatá tinha um registo de 08 infetados, mas as autoridades sanitárias retiraram do seu registo dois casos transferidos na estatísticas de Cacheu (Pelundo), a origem das pessoas infetadas e nenhum caso recuperado. Gabú continua com os 02 casos confirmados e não tem nenhum registo de recuperados. A região de Oio, registou o seu primeiro caso da Covid-19.
O também coordenador do Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) explicou que serão encaminhados para o Hospital Pediátrico de Bôr todos os doentes de Covid-19 que necessitem de oxigénio, porque “este possui uma fábrica de oxigénio”, lembrando que a falta de oxigénio continua a preocupar a sua instituição.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M