O Secretário de Associação de Descendentes e Amigos de Arame (ADAA), Oliveira Sambú, acusou no sábado, 04 de julho de 2020, o ministro da Administração Territorial e Poder Local, Fernando Dias, de ter tomado a decisão à revelia dos populares de Arame, ao ceder o espaço em litígio à comunidade de Djobel, “mas como Arame não tem força para o enfrentar, enquanto autoridade, decidiu conformar-se com a situação”.
Oliveira Sambú falava em conferência de imprensa, na qual lembrou que Fernando Dias tinha deixado uma promessa em como resolveria o problema, sabendo que o processo estava em tribunal e criou a sua própria comissão.
O responsável de Associação de Descendentes e Amigos de Arame revelou que numa das reuniões realizada em Bissa terão sido ameaçados.
“Depois dessa reunião de Bissau, foi marcada outra nas tabancas em conflito e o ministro teve a oportunidade visitar e reunir-se com as duas tabancas, Djobél e Djobé.
A Associação de descendentes de Arame defendeu que era urgente reuní-los para ouvir a versão deles, o que não terá acontecido , apesar de se terem deslocado à Suzana, para tomar parte na reunião dos representantes das três tabancas (Arame, Ilia), na qual o ministro da Administração Territorial terá deixado ameaças.
“Sabemos que o Estado é o detentor legítimo da terra, mas as autoridades servem para representar toda a população, assim deve ser o arbitro, e não decidir a favor de uma só parte” aconselhou.
Oliveira Sambú aproveitou a oportunidade para manifestar o seu descontentamento em relação ao silêncio do deputado eleito pelo círculo 21 na lista dos renovadores, João Alberto Djatá, pela forma como o processo está a ser conduzido, porque “enquanto filho dessa zona assistiu a tudo, desde o início e estava bem posicionado para melhor esclarecer a situação ao ministro.
Oliveira Sambú informou que na sequência dos conflitos, os populares de Arame perderam nove pomares de cajueiros derrubados por habitantes de Djobél, sem que tenha havido nenhuma responsabilização.
Por seu lado, o presidente da mesma, a ADAA, Alberto Nango, disse que populares de Arame não estão contra as pessoas que estão a tentar mediar o conflito, mas estão contra o posicionamento e a forma como o ministro da Administração Territorial e Poder Local se comportou com os populares da tabanca de Arame.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A