A Associação de Antigos Jogadores da Guiné-Bissau (ASSANJO) abdicou de apoiar os sete candidatos na corrida à liderança da Federação nacional de futebol. A decisão dos ex-jogadores foi tornada pública esta terça-feira, 07 de julho de 2020, pelo presidente daquela organização, Alfredo Handem, durante uma conferência de imprensa, na qual informou que o objetivo da associação é contribuir para elevar o nível de atuação federação de futebol, da sua capacidade de gestão administrativa, interação e comunicação.
O responsável exortou a comissão encarregue de organizar a assembleia geral no sentido de trabalhar com toda a transparência, porque “a legitimidade do próximo órgão executivo passa necessariamente pelas capacidades e boa organização desta comissão”.
Neste sentido, Handem manifestou a disponibilidade dos antigos jogadores para colaborar com a comissão na realização da eleição, para que se possa conseguir “um trabalho correto, isento e muito profissional”.
Segundo o ex-jogador, como forma de contribuir para maior qualidade de organização do futebol nacional, a ASSANJO trabalhou um documento intitulado “Perfil de Candidato à liderança da Federação de Futebol”, onde constam 12 pontos que definem os atributos que um candidato deve reunir.
Entre os 12 pontos, destacou os seguintes: o dever de ter um historial reconhecido na vida do futebol guineense; conhecimento aprofundado do futebol nacional e do sistema que gere o desporto no país; não ter nenhum processo judicial ou contencioso a decorrer no sistema judiciário (registo criminal disponível e atualizado) e não ter filiação partidária ativa que possa comprometer a visibilidade do seu trabalho.
Questionado sobre a filiação da associação na federação, o presidente da ASSANJO disse que a organização não está filiada na federação, mas assegurou que corre trâmites o processo de obtenção da documentação necessária para a inscrição na Federação de Futebol da Guiné-Bissau.
Na mesma ocasião, o Secretário-geral do ASSANJO, José da Cunha, assegurou que a organização não apoiará nenhum dos candidatos, uma decisão partilhada sobretudo pelos membros fundadores da associação e que se apresentam igualmente na corrida à liderança, nomeadamente, Fernando Tavares (Bene) e Caíto Teixeira.
Explicou que as duas individualidades já entregaram uma carta de pedido de suspensão temporária dos seus cargos (Bene, presidente da assembleia geral e Caíto Teixeira, segundo vogal) para exercerem as suas pretensões à liderança da federação. Sublinhou que adotaram esta estratégia para exigir desde já a transparência na organização da eleição no 25 de Julho próximo.
Por: Djamila da Silva
foto: D. S