Embaixador da china: “INSTABILIDADE POLÍTICA E LEGISLAÇÃO GUINEENSE “BLOQUEIAM” INVESTIMENTO DE EMPRESÁRIOS CHINESES”

[ENTREVISTA_julho de 2020] O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau, Jin Hong Jun, reconheceu que, na cooperação entre a China e a Guiné-Bissau, falta a cooperação entre os empresários dos dois países. Frisou que essa vertente de cooperação não foi explorada, tendo realçado que se as empresas chinesas entrassem neste ramo cooperação haveria mais dinâmica e que a escala poderia ser muito maior. Contudo, notou a ausência de um ambiente propício capaz de atrair o investimento estrangeiro, em particular do empresariado chinês, sobretudo no que concerne à instabilidade política, à legislação, às oportunidades das empresas e à política de tributação.

“É preciso ter um país mais estável e trabalhar mais a vertente da legislação laboral para que seja mais flexível e que garanta aos investidores a segurança de contratar, com certa liberdade. Devo sublinhar que a Guiné-Bissau tem muitas potencialidades que podem ser aproveitadas por empresas chinesas”, sublinhou o diplomata chinês na entrevista exclusiva ao Jornal O Democrata para falar sobre aquilo que a classe intelectual guineense pensa que poderia ser a cooperação entre a classe empresarial guineense e a chinesa e as dificuldades das duas partes em aprofundar a cooperação no setor privado, onde a Guiné-Bissau poderia tirar mais e maiores proveitos com o investimento do empresariado chinês nos diversos setores.

Jin Hong Jun, que terminou a sua missão no país, lembrou que ao longo de anos a cooperação entre os dois países tem-se focalizado nas áreas da agricultura, da infraestruturação, da saúde e da educação. “Penso que são essas quatro áreas que vão continuar como áreas prioritárias de cooperação entre os dois países. Com a crise sanitária que o mundo vive, certamente que daqui para frente a nossa prioridade número um será o combate à pandemia provocada pelo novo Coronavírus”, notou.

O Democrata (OD): Senhor embaixador, o investimento chinês na Guiné-Bissau é mais a nível governamental. A China é um país com muitos recursos no setor empresarial e turístico, mas não é visível o investimento do empresariado chinês no setor privado guineense. Isso deve-se a quê?

Jin Hong Jun (JHJ): É verdade que aqui a cooperação fazse mais a nível oficial e governamental. Grande parte dos projetos feitos são fruto de cooperação entre Pequim e Bissau. Falta, na verdade, a cooperação entre os empresários dos dois países. É verdade que, se as empresas entrarem nesse circuito de cooperação, poderá haver uma dinâmica e a escala poderá ser muito maior. Podemos notar que há muitas empresas chinesas a operar neste continente, em muitos países africanos.

Se me questionasse qual a diferença, certamente partiria do princípio de que o ambiente para atrair o investimento estrangeiro, é sobretudo a legislação, as oportunidades e a política de tributação. A estabilidade política deve ser também incluída nesta parcela, e mais especificamente ter uma legislação laboral mais flexível que garanta aos investidores a segurança de contratar, com certa liberdade, os seus colaboradores. Devo sublinhar que a Guiné-Bissau tem muitas potencialidades que podem ser aproveitadas por empresas chinesas      

 OD: Já foram mais de três anos de missão diplomática na Guiné-Bissau, um país em constantes crises políticas que, na opinião de analistas políticos, têm “ofuscado” a cooperação e obstaculizado o desenvolvimento do país. É verdade que as crises políticas na Guiné-Bissau ofuscaram a sua missão?

JHJ: Eu até diria o contrário. Podemos notar que a cooperação da China com a Guiné-Bissau sempre tem sido contínua e forte. Se fossemos analisar a história, iriamos descobrir que desde a independência, a cooperação entre os dois países nunca foi afetada, salvo aquela página negra em que, durante oito anos a Guiné-Bissau manteve relações diplomáticas com uma província nossa, que é Taiwan.

Temos levado as duas partes a desenvolver projetos palpáveis e podemos ver em toda a parte do país, os frutos da cooperação entre os dois povos. Nos últimos três anos e três meses da missão diplomática na Guiné-Bissau, tem havido problemas políticos em termos de instabilidade, mas não impediram que essa cooperação fosse desenvolvida. Há sempre um governo, um Presidente e um Parlamento. Apesar de vários governos, os nossos interlocutores têm mantido e sempre conseguimos identificar os nossos parceiros e os governos têm funcionado normalmente, portanto não tenho grandes queixas.

OD: O que é que se pode concluir da relação de cooperação sino-guineense durante a sua missão no país?  

JHJ: Posso concluir que houve um contínuo avanço e estreitamento de relações bilaterais entre os nossos dois países. Na área política, chegamos a notar que há mais confiança política de ambas as partes. O ex-Presidente da República, José Mário Vaz e o líder dos militares guineenses, Biaguê Na N´tam, visitaram o nosso país, várias delegações chinesas também visitaram a Guiné-Bissau e muitos estudantes guineenses continuam a frequentar as universidades chinesas com bolsas de estudo do governo. Tem havido intercâmbios entre os dirigentes políticos e parlamentares, bem como estudantis e dos funcionários públicos dos dois Estados.

OD: A China é considerada a maior parceira da Guiné-Bissau em termos de apoio ao desenvolvimento e as ações da China são visíveis nesta matéria. Contudo, a classe intelectual guineense queixa-se que o país nunca soube aproveitar a relação com a China, por nunca ter apresentado um programa do desenvolvimento à China e mesmo nas cimeiras China-África, que são tidas pelos países africanos como oportunidade para absorver os milhares de fundos disponibilizados pelo seu país… Comunga dessa observação?

JHJ: Não partilho exactamente a mesma ideia. Porque cada país tem a sua realidade e a sua escala. Penso que a presença do Presidente José Mário Vaz na cimeira do Pequim foi coroada de grande sucesso e se foram bem aproveitadas, diria que sim, porque no âmbito da sua presença em Pequim foram assinados vários acordos e a cooperação entre os dois países ficou mais reforçada. Mas a razão pela qual alguns intelectuais criticam o não aproveitamento dessas oportunidades pode ter a ver com o crescimento económico da China que não foi bem aproveitado para se sentir o seu impacto na Guiné-Bissau.

OD: Embaixador anunciou há alguns dias a retoma do projeto de construção da autoestrada que ligará a vila de Safim e Bissau, depois da pandemia da Covid-19. Já estão reunidas todas as condições para o seu arranque?

JHJ: Para que esse projeto possa avançar há várias questões que teremos que ultrapassar. Primeiro temos o problema da Covid-19 que até agora não sabemos quando termina, e espero que seja muito em breve. Outra questão é preciso que a parte guineense faça os seus preparativos para que esse projeto possa realmente avançar. O maior obstáculo é  o processo de demolição de casas que estão na área de construção, porque cabe às autoridades guineenses demolirem essas casas e assegurar as indemnizações às pessoas que serão afetadas. Não será a parte chinesa a compensar os prejuízos. Nunca chegamos a demolir casas em nenhum país estrangeiro. 

OD: Governo guineense fala em novas estratégias para o sector das pescas, a China estará pronta se for escolhida como parceira estratégica?

JHJ: Certamente que sim, porque o setor das pescas é uma das áreas de cooperação que a China tem com a Guiné-Bissau e onde as empresas chinesas estão a atuar. Daí, qualquer estratégia ou programa do governo que precise de apoio do nosso país, o governo chinês estará pronto a colaborar com as autoridades guineenses.

OD:  A China já identificou as áreas prioritárias de cooperação com a Guiné-Bissau?

JHJ: Ao longo de muitos anos, a nossa cooperação tem-se concentrado na área da agricultura, da infraestruturação, da saúde e da educação. Penso que são essas quatro áreas que vão continuar como áreas prioritárias de cooperação entre os dois países. Com a crise sanitária que o mundo vive, certamente daqui para frente a nossa prioridade número um será o combate à pandemia provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19).

OD: A nível da tecnologia, a China tem um plano para a Guiné-Bissau?

JHJ: Certamente que sim. Porém, a China não é, neste momento, o líder em termos da tecnologia, mas é o maior produtor, “a fábrica do mundo”. Tem a sua tecnologia e algumas áreas em que até lidera, por exemplo, Comboio da alta velocidade, a telecomunicação de 5G, a utilização da energia nuclear para produzir a eletricidade, por exemplo, a construção de barragens, a transmissão de alta tensão, entre outras. A China tem estado a liderar essas áreas   a nível mundial.

É evidente que poderemos cooperar e partilhar o nosso conhecimento com a Guiné-Bissau, porque mais cedo ou mais tarde, o país precisará dessas energias e tecnologias. É um sonho meu, ver a Guiné-Bissau ter boas auto-estradas, bons aeroportos, infraestruturas de qualidade, ter um Comboio de alta velocidade para facilitar as deslocações dos seus cidadãos.

OD: Qual é a sua opinião sobre as atuais autoridades na Guiné-Bissau?

JHJ: Acredito que cada país tem uma realidade diferente. A Guiné-Bissau, depois da independência, tem vindo a percorrer o seu próprio caminho, mas sobretudo depois do multipartidarismo nos anos 1990, tem registado alguma instabilidade política… nós não podemos dizer que o país está nesta situação por causa de multipartidarismo. Creio que o país continua no caminho para encontrar um modelo certo ou um caminho certo para o seu desenvolvimento, visto que um sistema importado, sem nenhuma adaptação não iria funcionar tão bem como deve ser.

Um sistema importado, o semipresidencialismo, por exemplo, deve ter em consideração as singularidades da Guiné-Bissau e adaptar-se à realidade nacional para que possa sair um novo sistema. Um sistema que poderia ser também o semipresidencialismo, mas acima de tudo um sistema guineense. Uma vez que, se conseguir este processo, a Guiné-Bissau certamente encontrará o seu caminho do desenvolvimento.

Neste momento está na luta, a procura do caminho certo, daí cada passo ou “Zig-Zag” que o país faz vai servir como lição. Estou bastante optimista em relação ao futuro dos guineenses e da Guiné-Bissau. Lembro que o nosso presidente já enviou uma mensagem de felicitação ao seu homólogo da Guiné-Bissau. E a Embaixada da China já felicitou há alguns meses o presidente eleito.

Houve eleições e houve toda essa evolução da situação. E a China seguiu com atenção todo esse processo, portanto vê-se que a organização sub-regional (CEDEAO) já reconheceu e vários outros países já reconheceram o presidente eleito. A China, conhecendo a importância do P’5 seguiu o caminho de reconhecer o presidente eleito, Úmaro Sissoco Embaló, como o Chefe de Estado da Guiné-Bissau.

OD: O problema da recuperação económica que o nosso país tem neste momento dependerá da dívida que a Guiné-Bissau tem com a China. Mas informações que nos chegam é que a China perdoou a dívida à Angola, à São Tomé e Príncipe e ao Moçambique, mas a Guiné-Bissau não aparece na lista. A recuperação económica dependerá exatamente da pandemia ou dessa dívida?

JHJ: Não tenho neste momento dados concretos, mas também não os revelaria, mas a Guiné-Bissau não tem uma dívida assim tão grande com a China. Mesmo que tivesse, teríamos certamente que perdoar e já perdoamos outras dívidas.

Nunca vamos trazer um encargo financeiro que vai impedir o crescimento económico da Guiné-Bissau. Isso é a última coisa que vamos fazer. Estamos aqui justamente para apoiar o povo guineense e o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

OD: O que será necessário fazer para que o país recupere economicamente depois da crise sanitária provocada pelo novo Coronavírus (Covid-19)?

JHJ: A China não costuma intervir nos assuntos internos de outros países. Porém, acredito que a Guiné-Bissau tem grandes potencialidades para ser um país mais próspero e mais desenvolvido.

Tem grandes recursos naturais para o desenvolvimento agrícola, por exemplo. Tem recursos naturais que podem ser bem explorados para ajudar no desenvolvimento do país. Para além dessas potencialidades, a Guiné-Bissau tem também grandes potencialidades turísticas, uma indústria sem fumo.

Por exemplo, tem mais de oitenta ilhas. Muitas delas desabitadas, mas que poderiam ser bem aproveitadas para atividades turísticas. No norte, temos Varela com belas praias que podem ser bem aproveitadas as férias. Mas para alcançar esse desejo é preciso ultrapassar essa pandemia, um desafio comum para toda a humanidade.

Estou satisfeito em ver que, para além da China, outros membros da comunidade internacional têm vindo a apoiar a Guiné-Bissau no combate à Covid-19.

Não se sabe quanto a pandemia vai demorar, mas depois dessa crise teremos que apostar  mais no desenvolvimento da economia, o que não vai ser fácil. Porque o país precisa de mais crescimento, diversificar a produção, não baseando apenas na exploração da castanha de cajú. Apostar no tratamento desse produto, ao invés de continuar a exportá-lo em bruto, isso permitiria ter um valor acrescido a economia. 

Para além da castanha de caju, o país terá que pensar também em desenvolver a plantação do arroz, dieta alimentar guineense, que não passa nenhum dia sem arroz. Nesse aspeto, tal o povo chinês, tal o povo guineense. Isso ajudaria a Guiné-Bissau a ter toda a potencialidade para ser um país autossuficiente em termos de produção do arroz.          

OD: Senhor embaixador, o que nos pode dizer de a China possuir neste momento a maior parte das dívidas bilaterais dos países africanos?

JHJ: Que eu saiba, a China não é efetivamente possuidor da maior parte das dívidas bilaterais dos países africanos. Se analisarmos as dívidas de cada país, descobriremos que grande parte das dívidas dos países africanos foi assumida por países mais desenvolvidos e outros organismos internacionais.

A China tem, sim, parte das dívidas de alguns países, mas não constitui de modo geral uma parte substancial. Mesmo no caso da Guiné-Bissau, a dívida desse país para com a China não constitui, certamente, um encargo importante e temos vindo também a perdoar as dívidas a medida que os prazos terminam.

Grande parte dos projetos foi à base de doações. São ofertas, gestos de amabilidade e de apoio, ou seja, uma pequena parte de empréstimo, e até agora nunca se chegou efetivamente a um momento para que a Guiné-Bissau reembolsasse essas dívidas.

Certamente, para a Guiné-Bissau, não representa nenhum encargo e é exatamente o que se passa com a maior parte dos países africanos. De modo geral as dívidas dos países africanos para com a China não representam um problema enorme para esses países.

OD: Como é que a China pensa trabalhar com os países africanos no futuro para reduzir os efeitos económicos e sociais causados pela pandemia de novo coronavírus?

JHJ: Temosa nossa grande cooperação com a África. É que a China também é um país em vias de desenvolvimento. Pertencemos todos aos países do sul. Nós passamos pela colonização, porque a China foi um país semicolonizado e semifeudal. É por isso que temos um sentimento muito semelhante para com os nossos amigos africanos. A China, como fábrica do mundo e como se sabe, temos o sistema industrial mais completo a nível mundial e efectivamente podemos partilhar essa experiência industrial.

A China, como um grande parceiro comercial com a maioria de países africanos, está disposta a partilhar a sua experiência de desenvolvimento e aprofundar a cooperação com os países africanos, não só em termos de trocas comerciais, mas também em infraestruturação bem como na construção das zonas francas e ajuda a nível da educação para explorar melhor os recursos humanos. O nosso Presidente Xi Jinping avançou com uma iniciativa que se chama “O Cinturão e a Rota” na qual a África foi incluída.

A iniciativa abrange cinco áreas principais de atuação, a coordenação de políticas do desenvolvimento de cada país, o aumento do financiamento e por último o aumento do intercâmbio entre as populações. Esta iniciativa será uma grande oportunidade para que a África e a China intensifiquem a cooperação. O nosso presidente considera o mundo como uma “aldeia global” em que os países grandes e pequenos somos todos iguais e estamos destinados a conviver pacificamente. 

Esta pandemia mostra exactamente a mesma coisa! Ninguém seria vitorioso sem ajudar o último país ou o mais pobre a livrar-se dela. O nosso presidente até avançou com um projeto mais conciso que é de construir uma comunidade sino-africana de futuro partilhado.

OD: Os Estados Unidos deixaram a Organização Mundial de Saúde que acusam de ser manipulada pela China. Senhor Embaixador, o seu país estaria disponível a cobrir o défice orçamental deixado pelos Estados Unidos?

JHJ: Penso que devemos olhar esta situação de outra maneira. Se uma organização das Nações Unidas, como a OMS pode ser manipulada por um país!? A China não tem a intenção de manipular nenhuma organização e nem sequer tem o interesse de manipular qualquer que seja a organização internacional. A acusação das autoridades norte-americanas (EUA) contra a China é ridícula, portanto estou convicto que nenhum país vai acreditar nas alegações dos Estados Unidos de América e mesmos os próprios cidadãos americanos não acreditarão que a OMS tem sido manipulada pela China.

A saída dos EUA da OMS foi muito criticada pelos americanos e além da posição de grande maioria dos países ocidentais e de outros cantos do mundo contra a saída dos EUA da OMS. Os Estados Unidos são a maior potência e a maior economia do mundo e mesmo que tenham contas atrasadas com a OMS, a grande verdade é que a sua saída vai causar grande problema económico à OMS. Qual é a forma de resolver este problema? Certamente que há vários países membros desta organização e penso que, de mãos dadas, encontraremos uma forma e uma solução para sair desta situação. Creio que os Estados Unidos não poderão ficar muito tempo fora de uma das agências das Nações Unidas e acho que acabarão por voltar um dia.

OD: Constantes ataques e acusações do ocidente à China motivaram que, alguns países como a Inglaterra, recusasse o serviço de 5G da companhia chinesa Huawei. A que se devem esses ataques contra o seu país…?

JHJ: Sobre os ataques à Huawei, nós podemos ver que por detrás disso tudo estão mais questões políticas. Os americanos acusaram a Huawei de espionagem e que estaria a prejudicar a segurança dos Estados Unidos de América. Nós queremos que os EUA nos apresentem provas da espionagem de que acusam a empresa privada chinesa. Até agora os EUA não conseguiram provar-nos e ao mundo que a Huawei constituiria um grande perigo à segurança dos americanos. Não há provas disso. 

Infelizmente, assistimos outros episódios em que as próprias autoridades norte-americanas estavam a espionar a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel e dirigentes de vários outros países, incluindo os seus aliados. Eu considero um disfarce, quando os EUA querem atacar a empresa privada chinesa.

O que está por detrás disso, para além da questão política, acho que tem a ver com a questão da 5G que a Huawei está a liderar e juntamente com outras companhias, como a: NOKIA (Finlândia), SAMSUNG (Correia do Sul) e Ericson (Suécia). Não vejo nenhuma empresa dos EUA com esta tecnologia, portanto isso deixou-lhes aflitos. A 5G é uma das poucas áreas em que os americanos estão um pouco atrasados e por isso, querem travar o avanço da Huawei. Estão a fazer de tudo para convencer os seus aliados a não utilizarem a tecnologia disponibilizada pela Huawei.

Não estão a ser bem-sucedidos, porque os países acabam por saber que não se trata de uma ameaça à segurança do país, mas sim de inveja. Essa ideia pertence a século passado e pertence certamente à guerra fria. Já estamos no século XXI e sempre pedimos a colaboração entre países, porque defendemos um mundo mais justo em que se pratica a ajuda mútua.

Por: Assana Sambú/Filomeno Sambú

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