
O economista guineense, Paulo Gomes, disse esta sexta-feira, 7 de agosto de 2020, que a economia do continente africano vai sentir seriamente os efeitos da crise sanitária provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e poderá perder uma soma estimada entre 39 a 40 biliões de dólares norte-americanos.
O antigo diretor executivo do banco mundial para 25 países africanos, inclusive a Guiné-Bissau, que atualmente é membro do Conselho de Administração do Fundo da União Africana, fez esta revelação à saída da audiência com o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló.
Aos jornalistas, Paulo Gomes disse ter analisado com o chefe de Estado a situação da crise sanitária e o engajamento que tem levado a cabo a nível da África, sobretudo da iniciativa particular de apoiar o Alto Comissariado no combate e na prevenção da Covid-19.
“Nós já tínhamos uma situação difícil mundialmente, mas a África estava a levantar a cabeça. Digo como exemplo, a descolagem do avião que se diz é o momento mais difícil em que não deve acontecer nada ao piloto ou perturbação da mecânica”, referiu.
Gomes disse que a África vai precisar de instrumentos excecionais, tendo frisado que “foi o apelo que fiz ao Presidente, que os guineense têm que lançar algumas mensagens ao nível da sub-região”.

“A nossa economia tem que ser tratada de uma forma diferente, somos o último país que entrou na União Económica Monetária Oeste Africana – UEMOA. Quando aderimos a esta organização éramos o país mais frágil, por isso tem que haver situações específicas e excecionais em relação à Guiné-Bissau no que diz respeito à nossa economia. Isso tem que ser discutido de forma muito séria com a UEMOA, o Banco Central (BCEAO) e outras instituições financeiras internacionais”, advertiu o economista guineense.
Por: Assana Sambú