O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, condenou hoje, 19 de agosto de 2020, o golpe militar no Mali, que afastou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita do poder, derrubou o governo e dissolveu o Parlamento maliano.
A Guiné Bissau é um país que não aceita nenhuma alteração da ordem constitucional, precisou o Chefe de Estado, à saída da reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional, que analisou, entre várias situações, a recondução do chefe de Estado Maior das Forças Armadas, General Biaguê Na N´Tan e a nomeação do diretor-geral do Serviço de Informação e Segurança, Arsénio Lassana Baldé, no passado dia 13 de agosto.
Sissoco Embaló disse que é lamentável a situação que se vive no Mali, país membro da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO).
“Condenamos firmemente a situação no Mali, porque não se pode aceitar a tomada do poder por via da força… A Guiné-Bissau é um país que não aceita nenhuma alteração à ordem constitucional. A nossa posição é a mesma que a da CEDEAO, organização a qual pertencemos”, sublinhou.
Sissoco explicou que a reunião do Conselho Superior da Defesa Nacional é uma prática normal e que deve acontecer duas vezes por mês, com o objetivo de analisar, não só a defesa, mas também a situação do país.
Aos jornalistas, Sissoco Embaló revelou ter dado orientações de “tolerância zero ao tráfico de droga”, bem como a corrupção que denominou “coronavírus político”, anunciando o serviço militar obrigatório, como um dever de cidadania.
Sissoco Embalo referiu que quem vai servir o Estado, no campo militar, deverá ter no mínimo concluído o ensino complementar, o 12º ano de escolaridade.
O Presidente da República revelou ter recebido a notificação formal da retirada da força Interposição da CEDEAO (ECOMIB) no país.
“A ECOMIB estava num quadro específico e vai retirar-se do país nesse molde. Vamos logo começar a preparação para a sua retirada e a do Gabinete Integrado das Nações Unidas na Guiné-Bissau (a UNIOGBIS), o que mostra que o país está a voltar à normalidade e a afirmar-se como uma nação”, realçou.
Por: Epifânia Mendonça