A empresa de telecomunicações Orange Bissau ofereceu esta quinta-feira, 20 de agosto de 2020, um lote de materiais e equipamentos de proteção para o combate à pandemia da COVID-19 ao Alto Comissariado e à Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência.
A ajuda, segundo a empresa, é avaliada em 78 milhões de Francos CFA e foi mobilizada em colaboração com a Fundação Orange da França, no quadro da ação social e humanitária, e é composto por 25 mil pares de luvas, mil combinações médicas, quinhentas viseiras de proteção, 498 óculos de proteção e 540 termómetros frontais.
A federação das associações de deficientes beneficiou apenas de 20 mil máscaras de proteção facial.
Após a cerimónia da entrega, o Secretário do Alto Comissariado para o combate à Covid-19, Plácido Cardoso, enalteceu a contribuição da empresa Orange Bissau, tendo lembrado na sua comunicação que, desde os primeiros meses da pandemia no país, esta empresa de telecomunicações tem dado apoios às autoridades sanitárias.
Assegurou que os materiais irão reforçar o trabalho das autoridades sanitárias na luta contra o novo coronavírus, sobretudo as ações dos profissionais de saúde no terreno. Prometeu, por isso, o seu bom uso.
“Esta iniciativa tem muita importância para nós, porque há uma alta taxa de infeção na Guiné-Bissau, no seio dos profissionais de saúde. Este apoio ajudará a diminuir a taxa de infeção nos profissionais de saúde, realçou, entretanto, disse esperar mais apoios daquela empresa.
Cardoso exortou às outras empresas e à população em geral, no sentido de apoiarem as autoridades sanitárias na sensibilização sobre as medidas de prevenção, designadamente, o uso correto das máscaras, o distanciamento social, a lavagem permanente das mãos com água e sabão e a desinfeção das mesmas.
Na sua comunicação, o diretor Financeiro da Orange Bissau, Birassi Bá, frisou que a ação humanitária é apenas um complemento das outras ações levadas a cabo pela empresa no mês de abril deste ano, tendo assegurado que as mesmas não se restringem apenas à Guiné-Bissau, mas também a todos os países onde a marca e a empresa operam.
Por sua vez, o presidente da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência, Lázaro Barbosa, realçou o gesto da empresa, porquanto representa “grande sinal de solidariedade para com a federação”. Contudo, criticou a forma como muitas vezes os deficientes são discriminados aos olhos de toda a sociedade, porque “são tomadas decisões sem ter em conta as nossas opiniões, por isso estamos a trabalhar em colaboração com as autoridades estatais para que haja inclusão social e a implementacão da convenção dos direitos das pessoas com deficiência”, assinalou.
“Não queremos um tratamento especial, apenas queremos o mesmo tratamento e mesmas oportunidades”, vincou Lázaro Barbosa.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
