Os Sindicatos de Hospital Nacional Simão Mendes ameaçaram, esta segunda-feira, 31 de agosto de 2020, suspender os serviços extras, disponibilizando-se a cumprir apenas as horas normais estabelecidas para funcionários públicos, caso o Ministério da Saúde não resolva, no prazo de uma semana, o problema relativo ao ajustamento do pagamento de subsídios de horas extras.
A exigência foi tornada pública, em conferência de imprensa realizada na sede da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), pelo presidente do sindicato, Tony Lutug.
No encontro que serviu para o sindicalista falar da “disparidade no pagamento de subsídios” naquele centro hospitalar, o maior do país, Tony Lutug pediu que haja igualdade no pagamento de subsídios de horas extras, uma vez que os funcionários prestam o mesmo serviço e exigiu que sejam reembolsados os subsídios a todos os servidores que foram penalizados, afirmando que não é possível que uma classe seja favorecida e outra não.
Tony Lutug entende que não deveria existir disparidade nos valores dos subsídios na classe de saúde, considerando “má fé” o pagamento que está a ser feito.
“Não estamos contra os incentivos que estão a ser criados e pagos. Não estamos contra, mas que seja feita da melhor forma. Consta-nos que o Ministro de Saúde Pública disse que vai criar subsídios para o pessoal dos serviços de cirurgia. Como é que um servente que trabalha no bloco operatório recebe, no final de mês, cem mil francos e um enfermeiro setenta mil” questionou.
Por outro lado, o sindicalista chamou atenção ao Ministro da Saúde Pública no sentido de pensar melhor sobre os incentivos que estão a ser pagos no Hospital Simão Mendes, porque os mesmos são distribuídos erradamente, em consequência, isso desmotiva os técnicos de Saúde em vez de criar condições para que possam esforçar-se.
Segundo Tony Lutug, as empresas vencedoras de concurso que estão a operar no Hospital Nacional Simão Mendes não estão a ser monitoradas e acompanhadas pelos serviços competentes, adiantando que se o governo não acompanhá-las não vai saber se essas empresas estão a cumprir integralmente o acordo.
Por fim, o sindicalista denunciou que o dinheiro disponibilizado ao Hospital Simão Mendes pelo governo para a melhoria de assistência dos serviços está a trazer problemas, lembrando que, de acordo com o despacho conjunto, apenas quarenta pessoas: três médicos especialistas, seis médicos clínicos gerais e trinta e um enfermeiro, estão incluídos na lista de beneficiários de subsídios.
Por: Carolina Djemé