Antigo dirigente da FFGB: “GUINÉ-BISSAU CORRE RISCO DE SER ABANDONADA PELA FIFA”

O antigo dirigente desportivo guineense, Ino Embaló, alertou que a Federação de Futebol da Guiné-Bissau corre o risco de ser abandonada pela FIFA no quadro do projeto “África vencer em África”, se não forem urgentemente criadas as condições para o desenvolvimento do futebol nacional.

Numa entrevista ao semanário O Democrata para analisar a atual situação da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), Ino Embaló  recomendou o respeito pela decisão da FIFA, como consta do artigo 13 da Federação e proteção da credibilidade da organização futebolista.

“A única solução é cumprir a decisão da FIFA. Não tem nenhuma negociação da sociedade civil. Temos uma vacatura provocada pelo fim do mandato, quando assim é, a FIFA dá orientações para se sair do conflito” disse.

Embaló apelou à rápida intervenção do Estado para resolver os conflitos que a federação tem enfrentado e que põem em causa o desenvolvimento do futebol, caso contrário, avisa, o futebol da Guiné-Bissau sofrerá graves consequências, tendo lembrado que o setor do desporto tem trazido vantagens para o país e mobilizou fundos. Salientou que interesses obscuros de alguns não podemdeixar o país no fundo do poço.

Aconselhou a próxima direção a trabalhar a proposta da revisão do estatuto da associação desportiva. 

“Precisamos dos nossos jogadores que estão no exterior. As suas reformas estão aqui na federação e devem ser garantidas. A federação não deve ser privatizada” realçou.

O antigo dirigente desportivo disse que é importante que haja entendimento entre os atuais dirigentes da federação, no quadro do estatuto “faculdade” da organização e insistiu em alertar sobre a imperatividade de respeitar a decisão da FIFA e organizar as eleições na federação dentro do prazo estipulado.

Por fim, Ino Embaló informou que a Guiné-Bissau deveria receber um valor de dois milhões e meio da parte da FIFA, destinado a todas as seleções dos países africanos, mas não recebeu esse montante devido aos problemas que a federação enfrenta. 


Por: Assana Sambú

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