O governo guineense garantiu esta quinta-feira, 03 de setembro de 2020, que não vai abandonar as famílias cujas casas foram inundadas pelas intensas chuvas dos dois últimos meses (julho e agosto), e que provocaram danos em alguns bairros de Bissau e no interior da Guiné-Bissau.
A garantia foi dada pelo Secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, durante a abertura do seminário de capacitação em matéria de gestão de emergências, destinado aos elementos do Serviço Nacional de Proteção Civil e agentes da Polícia da Ordem Pública, realizado nas instalações do Instituto da Biodiversidades das Áreas Protegidas (IBAP).
Mário Fambé disse, na sua comunicação, que o seminário de capacitação em matéria de gestão de emergências, recolha e tratamento de dados decorre graças aos esforços das autoridades nacionais e dos parceiros que responderam ao desafio aos problemas causados pela inundação e ventos fortes que vêm provocando destruição e mortes no país.
O seminário é organizado no quadro do plano sazonal de emergência do Serviço Nacional de Proteção Civil
A representante do Programa Alimentar Mundial (PAM), Kiyomi Kawaguchi, entidade financiadora da formação, sublinhou que é preciso uma resposta para a comunidade e pessoas como também a preparação que imediatamente o poderá dar algumas respostas às emergências, tendo adiantado que “o pânico é um inimigo mais perigoso no momento das emergências”.
Segundo o documento do Serviço Nacional de Proteção Civil distribuído à imprensa, a Guiné-Bissau tem sofrido as consequências de chuvas intensas, acompanhadas de ventos fortes. O documento adianta ainda que nos dois últimos anos, 2018 e 2019, foram constatadas algumas particularidades, acentuadas no período chuvoso, marcadas por ventos fortes, entre 80 a 120 km/h em quase todo o território nacional que provocaram importantes estragos ao nível humano, bens materiais e ambientais em Bissau e arredores bem como ao nível dos setores de Prábis, Pitche, São Domingos e Empada.
Lê-se no documento que só na capital Bissau, o Serviço Nacional de Proteção Civil recenseou 11.550 pessoas afetadas e ao nível de todo o país registou-se 855 casas destruídas pelo vento.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
