MINISTRA DA MULHER APELA À DISTRIBUIÇÃO RACIONAL DE APOIOS A SINISTRADOS EM BAFATÁ

A ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora, apelou à distribuição racional de apoios a sinistrados da região de Bafatá, leste da Guiné-Bissau, atendendo à  especificidade de cada agregado familiar, sobretudo as famílias desalojadas e as de baixo rendimento.

A governante fez este apelo na entrega de  cinco mil (5000) folhas de zinco, cento e trinta e cinco (135)  sacos de arroz de  cinquenta quilogramas, detergentes e géneros alimentícios às  vítimas de tempestade e das inundações ocorridas nos setores de Bambadinca e Xitole, região de Bafatá. Os materiais foram entregues às  autoridades regionais que, posteriormente, encarregar-se-ão de distribuí-los às comunidades afetadas.


Relativamente  aos danos causados pela tempestade e inundações, ainda não foram contabilizados. Porém, sabe-se que as autoridades administrativas e os serviços regionais dos bombeiros humanitários e outras entidades da região estão envolvidos no levantamento  de danos registados, que depois serão encaminhados ao governo central. 

Contatado por telefone, Júnior Sidi Candé, residente em Bambadinca, confirmou o fato ao repórter de O Democrata que cerca de sessenta casas ruíram ou foram demolidas em Bambadinca, pelas águas que invadiram as habitações.

“Não tenho dados exatos, mas posso estimar que cerca de sessenta casas caíram. Apenas duas casas ainda estão a resistir, que são a minha casa e a do meu vizinho. Neste momento que estamos a falar, estou envolvido com uma equipa de jovens na drenagem da água no interior da minha casa. Só para ter ideia, é um bairro novo. Fica à saída de Bambadinca, para quem vai em direção a Buba”,  dizia o jovem. 


Aparentemente aflito disse: “ninguém pode prever o que poderá acontecer, se continuar a chover com a mesma intensidade com que tem chovido nos últimos meses”, frisou.
 
Na sua declaração, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, Maria da Conceição Évora, disse ter orientado as autoridades administrativas a priorizarem as famílias que, neste momento, estão a albergar os desalojados, porque “estarão em risco de enfrentar a escassez de alimentos, por estarem a albergar um número superior a dos seus agregados familiares”.

“Pedimos que tenham em consideração o nível de estragos e a especificidade de cada família. Temos danos parciais e totais, mas seria bom que esse aspeto fosse tido em consideração e fossem priorizados os desalojados e as famílias que estão a albergá-los, bem como as de baixo rendimento. 

O secretário regional, Nelson de Pina Nanque, explicou que o governo local não tem condições para reassentar as vítimas, neste momento. Contudo,  elogiou o gesto de solidariedade das comunidades mais  próximas que têm albergado os sinistrados daquelas zonas.

A ministra, acompanhada da sua comitiva, prosseguiu viagem para a região de Gabú concretamente no setor de Boé, com o propósito de levar apoio do governo às comunidades locais atingidas pela tempestade e inundações, em consequência  das chuvas torrenciais que caíram na Guiné-Bissau. O estado avançado de degradação da estrada em “terra batida” que liga a cidade de Gabú e aquele setor histórico não permitiram a delegação prosseguir viagem, pelo que foram obrigados a fazer a entrega simbólica dos respetivos materiais e géneros alimentares às autoridades regionais na aldeia de Candjadudi que posteriormente irão entregá-las às comunidades sinistradas.

Caidjaidudi é uma aldeia que fica na estrada que liga a cidade de Gabú e o setor de Boé. É a via mais praticada para chegar a Beli, sede do setor, que dista de cerca de 80 quilómetros à cidade de Gabú.



Por: Filomeno
Foto: F.S

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