O Secretário Geral do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, afirmou esta terça-feira, 22 de setembro de 2020, que é preciso encontrar fórmulas que permitam dar respostas às crises cíclicas que o país tem vivido desde a sua independência.
Florentino Mendes Pereira falava na cerimónia de abertura da conferência de dois dias (21 e 22) do partido sob o lema “Setembro de Estabilidade para o Desenvolvimento”, organizado pelos renovadores, no quadro da celebração da data da independência do país, na qual o dirigente do PRS frisou que o lema escolhido tem a ver com a promoção de uma sociedade pacífica, enquanto condição indispensável para o desenvolvimento inclusivo e sustentável.
Segundo Mendes Pereira, a paz e a estabilidade são fenómenos complexos que requerem ação coletiva e forte compromisso de todos os quadrantes da sociedade, ou seja, “é dever cívico de todos os guineenses contribuírem para o alcance desse desiderato”.
“O dia 24 de setembro que regista a proclamação da nossa independência é um dia de festa para os guineenses, indistintamente. Queremos felicitar o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, pela primeira vez na história da Guiné-Bissau e de forma inédita, a seu convite, a celebração do dia da nossa independência contará com as presenças de vários chefes de Estado. A deslocação desses chefes de Estado ao país reforça a consolidação das nossas instituições e constitui um forte sinal de reconhecimento da legitimidade do Presidente da República do país e do governo liderado por Nuno Gomes Nabiam”, assinalou.
Por seu lado, o presidente da Comissão Organizadora da Conferencia, Tcherno Djaló, informou que o Partido da Renovação Social quer fazer da celebração da independência, um ato de comunhão à volta do “momento mais importante na história do país”, que permitiu conquistar a soberania, a dignidade e a negação definitiva de toda e qualquer forma de opressão, humilhação, divisão e de discriminação.
Para Tcherno Djaló, a governação, na ótica dos renovadores, não é sinónimo de atos de guerra, mas sim da condução dos destinos de todos, o que supõe grande capacidade de criar consensos. Djaló defendeu, por isso, que é preciso profunda mudança da cultura na classe dirigente dos partidos políticos formalmente legalizados na Guiné-Bissau.
“Esta conferência tem duplo objetivo. Primeiro, é comemorar as conquistas e vitórias, grainçadas pelo nosso povo e render devida homenagem aos heróis que estiveram na vanguarda da luta de libertação mais exemplar da África e o segundo objetivo, avaliar a gestão feita dessas vitórias e conquistas, refletir sobre os problemas da atualidade e descobrir o que está a ser feito”, explicou.
Durante dois dias da conferência, serão debatidos vários temas, entre os quais, as independências africanas, a Covid-19, o papel dos partidos políticos, as Autarquias no sistema eleitoral guineense, o processo da revisão constitucional, importância e pertinência, a Unidade e consciência nacional, os fatores de instabilidade e de rutura da coesão nacional.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A