O Consórcio Media, Inovação da Comunicação Social (CMICS), em colaboração com a escola de Arte e Ofícios (EAO) abriu oficialmente esta terça-feira, 6 de outubro de 2020, o curso profissional de jornalismo. A cerimónia de abertura foi antecedida da inauguração da sede do centro multimédia, totalmente equipado com estúdios de Rádio, TV e Imprensa Escrita onde vai funcionar o curso, junto às instalações da ONG Ação para o Desenvolvimento (AD).
O consórcio foi criado em 2018, por diferentes organizações ligadas à média na Guiné-Bissau, nomeadamente: o Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS), a Ordem dos Jornalistas (OJ), a Rede Nacional de Rádios e TV’s comunitárias da Guiné-Bissau (RENARC), a Associação das Mulheres Profissionais de Comunicação Social e a ONG Ação para Desenvolvimento (AD) com o apoio das Nações Unidas, através do Fundo de Consolidação da Paz (PBF), num montante estimado em oitocentos (800.000) mil dólares, incluindo os equipamentos.
O objetivo, segundo os promotores da iniciativa, visa dotar os profissionais e jovens que pretendam entrar para a profissão de jornalismo de um conjunto de competências essenciais, a nível do saber e de saber fazer o exercício profissional, com isenção e espírito de independência
Na sua declaração, o Diretor da Escola de Artes e Ofícios de Quelelé, Jorge Camilo Andem, realçou o engajamento da ONG Acção para Desenvolvimento, do CMICS, governo e Nações Unidas para que a construção do centro fosse uma realidade com infraestruturas adequadas para o o exrcício excelente da profissão e assim, permitir que no futuro os formados possam sair com um perfil que lhes dará todas as qualidades e competências para contribuir para o exercício de uma cidadania ativa e a promoção da paz na Guiné-Bissau.
Jorge informou que o curso terá a carga horária de mil e seiscentos e noventa e cinco (1695) horas, distribuídas pordois anos. Neste momento o curso conta apenas com 33 alunos para dois períodos.
Por sua vez, Fátima Tchuma Camará, em representação do presidente de CMICS, advertiu que é importante tomar em consideração a componente humanística porque não se pode estar a formar as pessoas sem, no entanto, ter em conta a questão humanística, que “guia a forma de estar e de ser do homem”.
“O centro vai privilegiar esta componente humanística para servir de base de orientação pedagógica”, precisou, para de seguida indicar que os jornalistas e os aspirantes à profissão serão formados, basicamente, em matéria da ética e de relatos sensíveis aos conflitos, bem como habilidade de produção multimédia para que possam elevar suas competências, porque “a ética é extremamente importante no exercício de qualquer profissão”.
Apelou a todos os cidadãos que queiram aumentar seus conhecimentos a procurarem o centro, porque está aberto para receber todos os que interessem pelo curso.
Por: Carolina Djemé
Fotos: C.D