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Os funcionários das empresas públicas privatizados exigiram do chefe do governo esta quarta-feira, 14 de outubro de 2020, a liquidação de todas as dívidas contraídas desde dois mil e dezoito (2018), para que os seus filhos possam ir à escola e resolver problemas de renda.
A exigência foi tornada pública pelo presidente do Sindicato Nacional de Hotelaria e Turismo, Aba Baldé, em conferência de imprensa conjunta promovida pelos trabalhadores das dez empresas públicas privatizadas ou em processo de privatização, nomeadamente: Semapesca, Hotel 24 de Setembro, Silo Diata, Socotram, Estrela do Mar, Hoti Hotel, entre outras.
Segundo Aba Baldé, desde janeiro de 2019 que foram pagos um mês até agora o governo não se dignou a chamá-los, pelo que questionou que se “será possível viver em cada ano com apenas salário de um mês, sem contar com os problemas de saúde, da família, da escola dos filhos e da renda de casa”.
O sindicalista acusou o ministro das Finanças, João AlageMamadu Fadia, de estar a dar garantias sem pagar nenhum tostão, lembrando que o ministro das Finanças tinha prometido que não pagaria todas as dívidas atrasadas.
“O ministro das Finanças não pode estar a desafiar os seus superiores hierárquicos e devia estar a cumprir as ordens”, disse para de seguida manifestar a sua indignação face ao comportamento do ministro das Finanças, que acusam de está a ignorar os direitos dos funcionários.
“Não é possível estar mais de quantos anos a reivindicar uma coisa que não vale nada que o Estado pode pagar num abrir e fechar de olhos”, criticou, alertando, no entanto, que o próximo passo será o de mobilizar mais de 300 pessoas para uma vigília em frente do Palácio do Governo para exigir o pagamento de salários em dívida aos trabalhadores das empresas públicas privatizadas ou em processo de privatização.
Por sua vez, Raimundo Pereira da Silva, presidente de comissão de trabalhadores da Silo Diata, lamentou fato de a situação não ter sido resolvida ainda, desde que receberam o mês de janeiro de 2019 no governo de Aristides Gomes.
“Tínhamos a esperança que alguma coisa mudaria, mas pelo contrário continuamos a depararmo-nos com situações piores do que previmos”, lamentou.
Raimundo Pereira imputou toda a responsabilidade ao governo porque, segundo disse, existe um memorando de entendimento que determinou que se saísse o salário da Função Pública, imediatamente deve acontecer com os funcionários de todas as empresas privatizadas, mas “não tem sido o caso”.
Raimundo referiu que nunca vão baixar os braços na luta pelos direitos, mesmo que o governo continue a bloquear a situação.
Por: Carolina Djemé