
Quecuta Indjai foi reeleito presidente da Federação de Andebol da Guiné-Bissau (FAGB), para um mandato até 2024, na Assembleia Geral eleitoral do órgão, ao qual concorreu sem oposição.
Indjai foi escolhido pela segunda vez para o cargo, para um mandato de quatro anos, sem adversários, depois de ter vencido Cipriano Có nas anteriores eleições de 2016 que pretendia candidatar-se de novo nestas eleições, mas foi vedado pelo regulamento eleitoral.
Segundo uma nota do resultado da apreciação das reclamações das candidaturas a que o Jornal O Democrata teve acesso junto da Mesa da Assembleia Geral da FAGB (MAG), a exclusão da candidatura de Cipriano Có tem a ver com o não preenchimento de alguns requisitos, nomeadamente: ser presidente de um clube, estar na direção da federação há 4 anos ou ser presidente de uma associação filial da FAGB, como exige o regulamento eleitoral.
Segundo os dados divulgados pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral do órgão, Eugênio de Oliveira Lopes, dos 27 delegados presentes na sala, votaram 25, entre os quais 23 votos para Indjai, 3 votos em branco e zero voto nulo.
Em declarações à imprensa no final do ato eleitoral este sábado, 24 de outubro, o presidente reeleito realçou a confiança dos associados e afirmou que o processo eleitoral foi justo e transparente.
“O processo eleitoral foi justo e transparente, muito embora tenha havido uma polémica no início da assembleia eleitoral, masque acabou resolvida”, declarou.
O presidente reeleito prometeu continuar a cumprir com a sua agenda do primeiro mandato, no sentido de massificar o Andebol a nível do território nacional, com destaque nas escolas.
Na sua declaração aos jornalistas nas instalações da Casa dos Direitos em Bissau, Indjai anunciou ainda que pretende introduzir Andebol de praia na Guiné-Bissau nos próximos quatro anos e fazer os atletas participarem nas competições internacionais da modalidade.
Embora a candidatura de Cipriano Có tivesse sido excluída semana antes do congresso eletivo, o dossiê foi novamente apreciado pelos associados antes da votação e novamente excluído e criou troca de palavras entre os associados antes de eleições.
Falando à imprensa antes de abandonar as instalações, o candidato excluído responsabiliza os associados que validaram o atual regulamento eleitoral, com emendas e disse que não vai recorrer a instância judicial para salvaguardar os interesses da instituição.

Questionado pelo Democrata se trabalharia com o presidente reeleito, Có disse que sempre estaria disponível para dar a sua contribuição para o desenvolvimento do setor desportivo do país.
Embora se tenha mostrado disponível para continuar ligado ao Andebol, Có disse que não tem intensão de voltar a disputar à liderança da FAGB no futuro.
De referir que Có abandonou a sala do congresso eletivo antes da votação, saiu de forma pacífica e desejou sucesso ao presidente reeleito.
Depois da polémica nas eleições da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, também houve polémica a volta das eleições da FAGB.
Por: Alison Cabral