A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné – Central Sindical (UNTG-CS) pediu ao Ministério Público que promova o exame minucioso da base de dados do ministério das Finanças, porque existe uma “diferença abismal” entre a base de dados do Ministério das Finanças e a da Função pública em mais de seis mil funcionários.
Segundo o documento da UNTG a que O Democrata consultou hoje, 10 de novembro de 2020, mais de 6 mil indivíduos que constam da folha salarial estariam a receber ordenados “sem conhecimento da Função pública”.
Por isso, a Central Sindical quer que seja auditada a base de dados do Ministério das Finanças com o propósito de apurar a veracidade dos fatos que envolvem “pagamentos ilícitos” por parte do Tesouro do Estado e descobrir as evidências que estariam na origem da diferença numérica entre os ficheiros dos dois ministérios.
A UNTG-CS pediu ao Ministério Público a ordenar a instrução do procedimento criminal, consequentemente promover a nulidade de todos os “atos ilegais praticados pelos membros do governo”, protegendo os “interesses superiores” do país no “cumprimento da missão traçado pelo legislador constitucional, nos termos do art.° 125° n°1 da Constituição da República”.
“A UNTG tomou conhecimento da prática de atos administrativos ilegais perpetrados pelos membros do governo, concretamente os atuais Ministros das Finanças, da Administração Territorial, dos Recursos Naturais, de Obras públicas, das Pescas, da Agricultura, dos Transportes e Comunicações, da Educação, dos secretários de Estado da Cultura, da Comunicação social, do Turismo, na APGB, FISCAP, Instituto Marítimo portuário, INACEP, EAGB” lê-se na carta dirigida ao Procurador Geral da República.
Por: Tiago Seide