O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, afirmou esta segunda-feira, 16 de novembro de 2020, que os militares são guardiões da democracia, pelo seu papel na manutenção da paz na Guiné-Bissau e o compromisso em continuar a assumir a sua missão constitucional.
Úmaro Sissoco Embaló falava na cerimónia da comemoração do dia das forças armadas guineense, uma data que coincide com a iniciativa do chefe de Estado de transladar os restos mortais do antigo Presidente da República, João Bernardo Nino Vieira, do Cemitério Municipal de Bissau para a Fortaleza São José de Amura, na campa dos heróis nacionais: O ato contou com as presenças do Presidente de Transição do Mali, Bah N’daw, membros do governo, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, chefias militares, corpos diplomáticos, familiares e amigos.
Na sua declaração, Sissoco Embaló disse que data de 16 de novembro é um de tantos outros dias históricos que honra todos os guineenses, prestando homenagem às forças armadas e valorosos combatentes da liberdade da pátria. O chefe de Estado adianta que essa data é uma ocasião ideal para prestar uma justa homenagem a um dos filhos da Guiné-Bissau mais destacado e conhecido como chefe da guerra João Bernardo Nino Vieira, que, em 1973, proclamou, perante África e o mundo, a independência do país, com agraciamento do título póstumo herói da luta de libertação nacional.
Embaló informou que enquanto Presidente da República fará tudo para materializar o sonho de um país próspero, valorizando os sacrifícios daqueles que tombaram durante a luta armada. Defende que a união é importante no seio dos guineenses “para que juntos possamos construir um futuro melhor para o país”.
Para o ministro da Defesa Nacional, Sandji Fati, é chegado o momento para de os homens das Forças Armadas reconciliarem-se, porque “nenhum povo pode avançar e desenvolver-se com permanentes conflitos e contradições. Por isso, diz esperar que o processo da reconciliação avance e seja concluído. Segundo Sandji Fati, a maior preocupação do executivo é fazer uma gestão criteriosa dos recursos humanos que o país dispõe nas forças armadas, caso contrário os interesses dos homens da farda não coincidirão com interesses da estrutura militar guineense.
Por seu lado, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, General de Exército Biaguê Na N’tam, assegurou que o seu sonho neste momento é garantir a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau, construção e reabilitação das infraestruturas militares e continuar a criar condições para a formação dos militares capacitando-os no domínio militar.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: Marcelo N’canha Na Ritche