
A representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Monique Ekoko, disse que o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, pediu que seja feita novo senso de refugiados na Guiné-Bissau, para garantir que o país possa tomar conhecimento do número exato dos refugiados que se encontram no país e os seus processos de naturalização.
Monique Ekoko falava aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente da República, na qual disse ter sido analisada a situação dos refugiados e o processo de naturalização dos cidadãos refugiados, no âmbito de um documento que foi assinado em dezembro de 2017.
Monique considerou “gratificante e positivo” o encontro, porque “todas as recomendações foram aceites pelo Presidente.

“Garantiu-nos que vai usar a sua influência junto do governo para a resolução da problemática dos refugiados”, indicou.
“O processo de concessão de documentos aos refugiados estava na sua fase final, mas devido à pandemia de coronavírus foi suspenso, mas será retomado para que possa ser concluído em janeiro de 2021”, afirmou.
Para além deste processo, Monique Ekoko disse ter abordado com Sissoco Embaló assuntos relacionados com os projetos que o ACNUR tem para o país.
Contudo, sublinhou que essa matéria requer a realização de novo senso dos refugiados na Guiné-Bissau, porque “o suposto senso que foi realizado apenas na Região de Cacheu deixa muitas dúvidas” .
De acordo com a responsável do ACNUR, o novo projeto pretende alargar o senso para mais regiões para melhor apoiar o país no domínio dos refugiados.
Dados estatísticos apontam que o suposto estudo realizado na região de Cacheu estimava a existência de dez mil refugiados, dos quais foram registados aproximadamente sete mil. Porém, o ACNUR acredita que existem mais noutras regiões do que na de Cacheu. Apesar dessas vicissitudes, assegurou que a organização vai continuar a apoiar a Guiné-Bissau.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: Cortesia da Presidência da República