O Conselho Nacional de Jurisdição e Fiscalização do PAIGC abriu um processo contra o primeiro vice-presidente do partido, Cipriano Cassamá, na sequência de uma denúncia feita por militantes e estruturas do partido. A informação foi avançada pelo gabinete do também presidente da ANP.
Em nota consultada pelo O Democrata esta sexta-feira, 04 de dezembro de 2020, o gabinete de Cassamá salienta que o Conselho de Jurisdição marcou a audição sem que lhe tenha sido transmitida qualquer nota de culpa, nem tampouco uma descrição, “por mais sumária que seja, de qualquer facto ou circunstância violadora dos estatutos”.
O gabinete de Cipriano Cassamá diz-se estranhado e preocupado com a decisão do Conselho de Jurisdição que, “após ameaças públicas de sanções,num momento extremamente delicado do país e da vida interna do partido em que os militantes, responsáveis, dirigentes e estruturas sociopolíticas se multiplicam em esforços para revitalizar e relançar as atividades políticas do partido, após os resultados das presidenciais” que “alguns camaradas persistam na lógica da intriga, perseguição, conflito e crispação interna, desta feita através da tentativa da instrumentalização do Conselho de Jurisdição”.
O gabinete suspeita que o alegado processo disciplinar tem por finalidade suspender e sancionar o primeiro vice-presidente do PAIGC para que este não possa, de acordo com os estatutos, presidir e conduzir os trabalhos dos órgãos de direção superior, nomeadamente o Bureau Político e oComité Central, cuja convocação foi solicitada por dirigentes e estruturas do partido.
O gabinete do vice-presidente do partido termina o comunicado apelando aos militantes, responsáveis e dirigentes do PAIGC a manterem-se serenos e que continuem focados na coesão e unidade interna, porque “os superiores interesses do partido irão, como sempre, acabar por prevalecer sobre agendas pessoais.
Por: redação